Ranking 2012 das Cachaças Envelhecidas

A Revista VIP acaba de publicar um ranking de cachaças envelhecidas. E envelhecer cachaça não é tão simples como muitos pensam. De acordo com a legislação brasileira, para ser considerada envelhecida no mínimo 50 % da cachaça tem que ser envelhecida em tonéis de até 700 litros.

O processo de ranqueamento aconteceu no Restaurante e Cachaçaria Mocotó em uma prova feita às cegas por 10 degustadores, entre especialistas e amadores. Foram avaliadas 11 cachaças ao todo, vindas das principais regiões produtoras do país e envelhecidas nas principais madeiras usadas na fabricação de barris e tonéis.

Mas deixemos a conversa de lado e vamos ao tal Ranking 2012 da Revista VIP.

1 – Weber Haus Amburana
2 – Claudionor
3 – Canarinha
4 – Reserva do Gerente Castanha
5 – Rio do Engenho
6 – Domina Suave
7 – Mercedes
8 – Canabella Ouro
9 – Armazém Vieira Terra
10 – Maria Boa
11 – Nega Fulô

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14 respostas a Ranking 2012 das Cachaças Envelhecidas

  1. Scobar disse:

    Olá pessoal.

    Bom vamos lá, já a algum tempo venho sendo leitor desse maravilhoso site e o considero como o melhor nesta área. Tenho 49 anos e a mais de 20 aprecio degustar uma ótima cachaças, não me considero uma excelência, mais acredito ser um profundo conhecedor.
    A alguns anos quando a revista PlayBoy lançou seu primeiro ranking de cachaças, como eu já conhecia todas as listadas e algumas outras e não pude concordar totalmente com o mesmo, achei que faltaram algumas e outras não deveriam figurar na no ranking, não que essas cachaças não fossem boas, mais sabia da existência de outras muito melhores.
    O tempo foi passando e outros ranking além dos da Playboy foram surgindo e continuei não concordando totalmente com os mesmos, a presença de algumas e a falta de outras me levaram a tentar entender o que estava ocorrendo, será que meu paladar era tão diferente!! Não creditando que tivesse um paladar tão diferenciado resolvi tirar minhas dúvidas, todas as vezes que estava com amigos que apreciam essa maravilha, fiz um teste cego, onde colocava uma das cachaça que eu entendia que não deveria estar no ranking e uma outra que acreditava que deveria estar e para surpresa desses meus amigos e não minha, quase sempre o resultado era favorável a cachaça que eu havia escolhido.
    Neste momento foi que minhas dúvidas aumentaram, pois a diferença não estava em meu paladar pelos resultados que encontrei, em algum outro motivo, resolvi então analisar os ranking e descobri que as cachaças listadas nos ranking eram basicamente sempre as mesmas, mudava uma ou outra cachaça e sempre os nomes que apareciam eram só de cachaças mais conhecidas e não das melhores, porém depois de muito pensar eu descobri o motivo. Achei tudo isso muito estranho resolvi então verificar e em minhas analises acredito ter descoberto o motivo. O problema não estava nos degustadores que fizeram o ranking, mas na falta de conhecimento de um universo maior de nossa cachacinha amada, comecei a verificar nas matérias as indicações de onde beber as mesmas e resolvi visitar os bares e outras casa que eu ainda não conhecia e em todos esses lugares percebi que os cardápios são praticamente iguais, nada de novo ou diferente, alguns com 70, 80 cachaças em seu cardápio, outros 130, 150 mais sempre algo muito parecido.
    Por isso resolvi escrever esse longo texto para tentar colaborar com um futuro ranking, que mesmo que seja igual aos que já foram feitos, que tenham basicamente a mesmas cachaças, será mais realista, pois serão degustadas um universo muito maior cachaças, para que isso ocorra os degustadores deveriam frequentar casas que tenham um cardápio mais diversificado saindo da mesmice, algo mais extenso e que tenha cachaças de varrias áreas do pais, deixo como sugestão o maior cardápio que conheço que é o do Gogó da Ema na região do Morumbi em São Paulo, com mais de 900 rótulos diferentes e entre eles estão todas as citadas em todos os rankings.

    Cachaças que faltaram:

    - CORREINHA
    - SANTO GRAU SEX 18
    - PINISSILINA
    - SALINAS
    - REPUBLICANA
    - ALDEIA
    - VELHO PESCADOR

    Um grande abraço a todos.

    • Single Malt Brasil disse:

      Oi Scobar,

      Como o assunto é um pouco mais técnico, o pessoal da Single Malt Brasil pediu para que respondesse o seu comentário.

      Concordo com suas colocações. Rankings de cachaça no Brasil normalmente sofrem de uma série de vícios como:

      i) Amostragem
      Rankings acabam repetindo as mesmas cachaças há anos.
      Se 200 cachaças estão sendo analisadas e 10 ranqueadas, estamos falando de um ranking adequado em termos de amostragem. Se 10 cachaças são avaliadas para 10 serem ranqueadas, não estamos falando de um ranking e sim de escolhas pessoais de alguns avaliadores e responsáveis pela montagem do ranking.
      ii) Falta de transparência na seleção das bebidas
      Alguns rankings acabam sendo baseados por critérios emocionais entre produtores e avaliadores

      Além das cachaças que mencionou, citaria, ainda, outras excelentes que nunca vi figurarem em nenhum ranking:
      Flor do Vale
      Paratiana
      Tabaroa
      Cachaça do Ministro
      Cambeba

      Abraços,
      Alexandre Campos
      Consultor em Destilados da Single Malt Brasil

  2. J Paiva disse:

    Receita para ganhar prêmios e figurar em rankings: 1-tenha um belo alambique 2-produza uma boa cachaça 3-mande amostras a vontade para todas as revistas , “especialistas”, blogs, e restaurantes da moda 4-contrate eventualmente os “especialistas” para consultorias 5-faça eventualmente anúncios nas revistas que fazem os rankings 6-faça um evento anual com todos eles, pagando as despesas e passagens aéreas para todos. Resultado: Sua cachaça 99,99% figurara em todos os rankings que desejar. Detalhe: repita essa regra anualmente que nao falha…

  3. J Paiva disse:

    Esses rankings atuais sao ridículos e cada especialista tem sua “parceria” com um alambique produtor. É dinheiro puro e me espanta a falta de compromisso e a cara de pau de todos os envolvidos que sabem que estão fazendo um trabalho pior que novela das 8. Lamentável que pseudo especialistas, revistas e até o próprio mocotó se prestem a esse papel. Cada vez que vejo uma palhaçada dessas mais procuro ficar distante dessas pessoas. Estão agora se achando importantes e vivendo 15 minutos de fama . Em breve ficarão envergonhados porque na verdade nao estão contribuindo o quanto deveriam. Esse mercado precisa de gente seria e nao de mercenários.

  4. Leandro de Oliveira disse:

    Na minha opinião a Anisio Santiago/havana é uma cachaça com muito preço e poucas qualidades. Cachaça boa é feita por quem bebe (como a coqueiro e Santo Grau MG) e não por quem tenta esconder as imperfeições deixando a marvada dormindo até 8 anos na madeira.
    Caso não concorde procure pela avaliação do Marcelo Camara no youtube (título degustação de cachaças).
    Esse ranking pode não agradar a todos, mas indica boas opções.

    • Single Malt Brasil disse:

      Oi Leandro,

      Sem dúvida que em alguns casos o envelhecimento ajuda a encobrir imperfeições em um destilado. E isso vale para Cachaça, Cognac, Armagnac, Rum, Whisky, Grappa ou Tequila. Mas não é só isso, o envelhecimento de uma forma bem trabalhada, em barris selecionados, ajuda a aprimorar um destilado de qualidade.
      O Marcelo Câmara gosta de Cachaça branca. Ou seja, o destilado recém saído do destilador com frescor de cana. Ótimo, opinião e gosto pessoal dele. E não é só a Coqueiro de Paraty (que o Marcelo tem relação pessoal com o produtor) ou a Santo Grau, que se enquadram nessa categoria. Existem outros grandes exemplares de Cachaças não envelhecidas como: Cachaça do Ministro (Alexânia – GO), Santa Terezinha (ES) e Fazenda Soledade (RJ).
      Mas daí a concluir que as Cachaças brancas são superiores as envelhecidas, como querem alguns, tem uma grande diferença. As envelhecidas tem suas propriedades e atendem aos gostos de alguns, assim como as brancas.
      Todo o Ranking é pessoal. O Jim Murray tem seu ranking de whisky (que discordamos muito) refletindo os seus gostos pessoais. Assim como o Marcelo Câmara tem seu ranking pessoal que reflete, também, os seus gostos pessoais.
      Nem Jim Murray, nem Marcelo Câmara, nem qualquer ranking reflete com perfeição, ou na totalidade, os gostos pessoais de milhares de apreciadores de destilados. No final, opiniões são opiniões, ainda que venham de especialistas. Nosso consultor em destilados, Alexandre Campos, te dará centenas de ranking de destilados, refletindo suas preferências e experiências, e você provavelmente discordará de várias de suas avaliações.
      O mais importante é descrever as características sensoriais das bebidas para dar ideia as pessoas do que esperar em um destilado. Se elas gostam de sabores de cana fresca, terra, entre outros, pronto, escolham Cachaças brancas. Se a preferência estiver para sabores de baunilha, caramelo, especiarias, escolham Cachaças envelhecidas em barris de carvalho. E se a preferência é por sabores puxados para aniz, Cachaças envelhecidas em bálsamo, como a Anísio Santiago. E por aí vai…

      Feliz Ano Novo!
      Equipe Single Malt Brasil.

      • Leandro de Oliveira disse:

        Olá Single Malt Brasil,
        Concordo com sua colocação e entendo que gosto não se discute. Obviamente o envelhecimento é um processo já consagrado que aprimora a cachaça, dentre muitas outras bebidas, deixando-a “redonda” e com um “tempero” especial. No caso da Havana/Anisio Santiago, que está na frente de muito rankings, acredito que o envelhecimento tenta esconder uma cachaça ruim. Não quero desmerecer a importância da Havana, mesmo porque muitos alegam que ela foi a responsável por tirar a cachaça da marginalidade, introduzindo-a nas classes médias e altas. Porém me parece estranho que, mestres alambiqueiros que não bebem o produto que produzem possam entender e melhorar as sutilidades de sabores impressas em seus produtos, e isso vale inclusive para a Canarinha.
        Eu sou fã de cachaças envelhecidas ou armazenadas (como a Claudionor que aparece no ranking) e até acredito que deveria existir espaço para as tão populares curtidas (com carqueja, sementes de sucupira ou amburana, por exemplo) nas prateleiras dos supermercados. Vocês sugeriram algumas preciosidades do qual já degustei e gostei, assim eu também gostaria de mencionar a Sapucaia Velha (SP) que fica 5 anos em carvalho e para o meu paladar oferece um equilíbrio finíssimo. Entendo também que esse ranking é de cachaças envelhecidas. Teria sido melhor se a revista colocasse os comentários dos degustadores justificando suas escolhas e gostos pessoais. Para obter um ranking mais coerente com a maioria da população e menos dependente do gosto pessoal do grupo selecionado, sem dúvida o ideal seria um número grande de degustadores (100 ou mais), promovendo uma boa estatística… quem sabe o Single Malt Brasil não promove uma enquete regular? :)
        Como observação final, no ranking não ficou claro se a 10ª colocada foi a Nega Fulô Carvalho ou Jequitibá.

        Abraços à todos e um excelente ano ao Single Malt Brasil.

  5. EDINILSON disse:

    Já ouviram falar de Anísio Santiago HAVANA????
    Vocês realmente entendem do assunto?????

    • Single Malt Brasil disse:

      Caro Edinilson,
      Sua pergunta tem que ser feita aos jurados participantes do Ranking da Revista VIP já que nós não temos nem influência e nem participação no Ranking publicado.
      Inclusive tecemos alguns comentários sobre problemas em rankings de bebidas em geral.
      Qualquer dúvida sobre destilados, inclusive cachaça, estamos à disposição.
      Abraços,
      Equipe Single Malt Brasil.

  6. Como produtores de Cachaça, acreditamos que ranquear as cachaças no Brasil é tão importante quanto a sua regulamentação e fiscalização. Hoje sabemos que existem diversos torneios promovidos por entidades, revistas e eventos, os quais possuem seus critérios para suas avaliações e ao mesmo tempo isentam grande parte dos produtores do Brasil, ou por falta de conhecimento ou prestígio midiático dos produtores, isso nunca saberemos ao certo, sem contar que temos vencedores que usam medalhas sem data ou ano de quando ganharam e passam décadas exaltando conquistas de forma irregular, ou pior ainda imprimem selos e medalhas a revelia para iludir o consumidor. Além disso alguns desses “concursos” são pagos para que o produtor participe dos mesmos, logo fica inviável para alambiques pequenos pois alguns são valores bem substanciais, outros no entanto são através de convite ou indicação de “especialistas” no assunto, grande parte destes estão em SP, MG e RJ o que limita e diverge em opiniões quanto a quais produtos escolher devido ao grande volume de alambiques no Brasil. Sabemos que o INMETRO é uma das poucas instituições federais, com credibilidade junto ao consumidor e totalmente capaz de avaliar alimentos e bebidas, logo um critério já temos de classificação ou desclassificação de produtos, mesmo alguns produtores tendo o selo e não os colocando em suas garrafas, o que deveria ser obrigatório, pois se o produtor foi qualificado, porque não coloca o selo nas garrafas, seria o medo do INMETRO recolher nas prateleiras e verificar que a amostra não esta conforme. Existem no mundo diversas entidades que como o INMETRO, avaliam alimentos e bebidas tanto nos critérios químicos como nos critérios sensoriais, levando o produto a ser testado e concorrer com sigo mesmo. O iTQi(www.itqi.com) é um exemplo disso, basta ver a quantidade pequena de produtos a nível mundial que passam por seu rigoroso critério de avaliação, é apenas você contra você mesmo. Da mesma forma o iTQi também é pago para o envio de amostras e você ainda corre o risco de não se classificar e perder o investimento. Penso que o Brasil deveria adotar ao invés de Ranking, um selo de classificação sensorial da Bebida, nos moldes similares ao INMETRO com um juri misto composto por vários especialistas de todo o Brasil onde uma vez por ano avaliassem as amostras CONFORMES certificadas pelo INMETRO, ai sim teríamos um verdadeiro perfil da CACHAÇA de qualidade em nosso país. Um Grande Abraço a todos da equipe do ALAMBIQUE FLOR DO VALE.

  7. Caros amigos, penso que seria ótimo mostrar a origem das cachaças escolhidas para esse ranking parcial de cachaças, já que nosso pais conta com mais de 200.000 rótulos de cachaça. O que mais surpreenderá os leitores deste post é que a 1º colocada deste ranking, pertence ao Rio Grande do Sul, um estado que vem sendo exemplo em qualidade na produção de cachaça artesanal. É bom também salientar que neste ano mais de 60% dos prêmios e selos de qualidade nacionais e internacionais já foram arrebanhados pelo Rio Grande do Sul e seus alambiques. Penso que é começada a hora de se olhar mais para o sul de nosso país quando se far de cachaça artesanal de qualidade.

    • Single Malt Brasil disse:

      Oi Antonio,
      Estamos acompanhando um pouco do trabalho do pessoal do Sul: Weber Haus, Casa Bucco e vocês da Flor do Vale.
      Sem dúvida o seu comentário é pertinente. Um ranking que avalia apenas 11 cachaças é problemático.
      Nosso consultor, por exemplo, comentava exatamente o problema dos rankings de bebida em geral. Ele deve publicar em breve um artigo fazendo uma análise mais sistemática dos rankings de bebida. Acompanhe o nosso blog.
      Nossa função é noticiar sempre que possível matérias ligadas a destilados, mas temos também uma função crítica.
      Pelo ranking da matéria acima a Nega Fulô ficou em último lugar. Podemos dizer então que é a pior cachaça do Brasil. Foi a última!
      Problemas de amostra e metodologia no Ranking da VIP. Assuntos que serão dissecados em breve por aqui.
      Abraços,
      Equipe Single Malt Brasil.

      • Antonio Cardoso Junior disse:

        Vou estar atento aos posts se possível gostaria de ser cadastrado no mailing list da Single Malt Brasil. Quero aproveitar para aguçar outra questão. Quando falamos de ranking das cachaças esquecemos do mais importante, parear para ranquear produtos com processos de produção ou envelhecimento similares. É inapropriado por exemplo dizer que uma cachaça envelhecida mais de 03 anos em Balsamo é melhor do que uma cachaça envelhecida mais de 03 anos em Carvalho. Não se pode classificar produtos envelhecidos em madeiras diferentes, pois os sabores e aromas são completamente diferentes. Além do mais o MAPA (Ministério da Agricultura), tem uma normativa específica para cachaça, que é atualmente a base para a certificação do INMETRO, penso que ao menos essa norma deveria balizar os concursos e separando as cachaças por: TRADICIONAL (Descansada por um período não inferior a 06 meses em Inox), PRATA (Descansa por um período não inferior a 06 meses em Tonéis de Madeira de 100 à 700lts), OURO (Cachaça TRADICIONAL 50% + 50% de CACHAÇA PREMIUM de 01 ano envelhecida em Tonéis de Madeira 100 à 700lts, logo é um Blend), ARMAZENADA (Cachaça que fica por tempo indeterminado em tonéis de madeira superiores a 700Lts), PREMIUM (Cachaça que fica por um período superior a 01 ano e inferior a 03 anos em tonéis de 100 à 700lts de uma única madeira) e EXTRA PREMIUM (Cachaça que fica por um período superior a 03 anos em tonéis de madeira com tamanho de 100 à 700lts). Claro que devemos ressaltar que cada MADEIRA usada no descanso, armazenamento ou envelhecimento competiria com produto de igual MADEIRA, ai sim estaríamos falando de Ranking e não de concurso sensorial que são coisas totalmente distintas. Grande abraço a todos e vamos explorar mais esse assunto.

        • Single Malt Brasil disse:

          Oi Antonio,

          Seus comentários são interessantes e pertinentes.

          Alguns problemas que vejo em Rankings:

          i) Amostragem
          Já reparei que os rankings de cachaça no Brasil acabam repetindo as mesmas cachaças há 10 anos. São sempre as mesmas cachaças que compõem os rankings, com poucas variações de ano para ano.
          Ou temos poucas cachaças boas e muitas que nem merecem ser avaliadas, ou cabem perguntas como: Quem escolhe as cachaças que serão avaliadas nos Rankings? Quais são os critérios de escolha?
          Se 200 cachaças estão sendo analisadas e 10 ranqueadas, estamos falando de um ranking adequado em termos de amostragem. Se 10 cachaças são avaliadas para 10 serem ranqueadas, não estamos falando de um ranking e sim de escolhas pessoais de alguns avaliadores.
          ii) Material usado para avaliação
          Noto que as cachaças são avaliadas em copos pequenos abertos. Me desculpem, mas esses copos são completamente inadequados para avaliações técnicas de destilados.
          iii) Segmentação em categorias
          Talvez não vá tão longe quanto você em relação a segmentação por madeira. Mas, sem dúvida, as cachaças têm que ser segmentadas em categorias de acordo com o envelhecimento. E não sei quanto a você, mas gosto da metodologia do MAPA/INMETRO. Um ranking sério de cachaças deve ser baseado nessa metodologia.

          E obviamente que estamos assumindo a idoneidade e imparcialidade dos jurados em um ranking. Por exemplo, as cachaças seriam julgadas e escolhidas por critérios técnicos e não emocionais, como amizade entre produtores e jurados que fazem parte dos rankings.

          Um pouco da minha visão.

          Alexandre Campos.
          Consultor em Destilados da Single Malt Brasil

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