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Reino Unido não é só cerveja e whisky, mas vinho também

Adaptação da matéria publicada no site do UOL: http://viagem.uol.com.br/guia/roteiros/internacionais/terra-da-cerveja-e-do-uisque-reino-unido-tambem-tem-passeios-por-vinhedos/index.htm

Por Rafael Mosna

Terra da cerveja e do uísque, Reino Unido também tem passeios por vinhedos

Reino Unido combina com uísque, cerveja e sidra, mas se engana quem restringe o destino a somente essas bebidas. Recentemente, a região vem se aprimorando na produção de vinho, e é reconhecida principalmente por seus espumantes frescos e delicados, muitos deles elaborados seguindo o método tradicional do champanhe.

As principais vinícolas, algumas abertas à visitação, estão na Inglaterra e no País de Gales, mas até as terras do sul da Escócia estampam alguns parreirais no mapa.

O UOL Viagem conheceu vinícolas abertas a turistas em diferentes regiões britânicas. Para aqueles com tempo, há locais em que é possível pernoitar e aproveitar o sossego com caminhadas por trilhas em parreirais, jantares regados a taças de vinho e preocupação zero.

Tours, digamos, “expressos” podem ser combinados com atrações turísticas regulares. Um bate-volta de Londres, por exemplo, é viável.

A seguir, veja oito opções de tours em cinco regiões (localize-se no mapa abaixo). Todos os passeios citados são realizados em inglês.

Dica: se sua ideia é ver cachos de uvas nos pés, prefira fazer sua visita entre os meses de agosto e outubro (geralmente, a colheita é realizada neste último mês). Verifique disponibilidade e horários com antecedência.

EM KENT
Chapel Down (www.chapeldown.com) é responsável por cerca de 12%  da produção total de vinho britânico, cujo valor está na casa de 4 milhões de garrafas por ano – a maior parte delas composta por espumantes.

A visita guiada dura cerca de 50 minutos e inclui explicações sobre história do vinho nacional e modo de produção. Ali, por exemplo, a videira possui um tronco que pode chegar ao dobro do tamanho da planta em países quentes. O objetivo é viabilizar um acesso maior aos raios do sol, que não é abundante.

Encerradas as caminhadas e explicações, todos se sentam em pequenas mesas coletivas para uma degustação guiada de seis rótulos. Entre eles, podem estar o Bacchus, vinho branco fresco e frutado, e os espumantes Rosé Brut Pinot Noir, delicado e refrescante, e o Blanc de Blancs Chardonnay.

Os tours acontecem de abril a novembro. Vale esticar a visita e almoçar no Swan at Chapel Down.

Já a Biddenden (www.biddendenvineyards.com) realiza passeios gratuitos às quartas ou aos sábados (as datas variam de acordo com o mês), sempre às 10h. Caso o visitante chegue com 15 minutos de antecedência, será recebido com uma xícara de café gratuita. Recomenda-se checar disponibilidade antes da viagem e fazer reservas.

Familiar, a vinícola comercializa seus vinhos, incluindo dois tipos de espumante (rosé Gamay e branco, elaborado com as uvas Reichensteiner, Pinot Noir, Ortega e Scheurebe), somente no Reino Unido. Trabalha apenas com produtores locais e também fabrica sidras e sucos de maçã.

Parreiras na vinícola Biddenden, no condado de Kent

Mais uma alternativa em Kent, a vinícola Hush Heath (www.hushheath.com) oferece opção de degustação e tour (sem guia) todos os dias do ano, das 11h às 17h. É só chegar, sem necessidade de reservas: bom para viajantes de última hora.

Para andar com calma pelas parreiras e macieiras, guarde pelo menos uma hora, para fazer pausas entre as bonitas paisagens. É possível ainda comprar uma cesta para fazer piquenique no local.

Diferentemente das anteriores, não há café ou lanchonete no local, apenas prateleiras com vendas de vinhos e sidras. Destaque para o espumante rosé elaborado com Pinot Noir, Chardonnay e Pinot Meunier. Tours guiados (pagos) também são disponibilizados mediante reserva antecipada.

EM SUSSEX
Bolney Wine Estate (www.bolneywineestate.com), com 40 hectares e nove variedades de uva em suas parreiras, conta com três possibilidades de tour para visitantes. Mediante reserva antecipada, acontecem às sextas, sábados e domingos, com uma hora e meia de visita e degustação de três tipos de vinho da casa.

Em outros dias da semana, é possível apenas visitar a propriedade e passar um tempo no café, que serve saladas e lanches com sugestões de harmonizações. Feito para sentar e relaxar.

A empresa produz de 100 mil a 120 mil garrafas ao ano e faz suas apostas em vinhos tintos leves (Pinot Noir e Lychgate Red), brancos, rosés e espumantes, incluindo o espumante tinto Cuvée Noir Brut, que passa 18 meses em envelhecimento.

Funcionária cataloga parreiras na vinícola Bolney Wine Estate

Ainda no condado de Sussex, os tours da premiada Ridge View (www.ridgeview.co.uk) são limitados ao número de 35 pessoas por grupo. Concorridos, pode ser necessário reservar um lugar com mais de dois meses de antecedência, pois os passeios acontecem geralmente apenas uma vez ao mês.

O tour é sempre acompanhado por um profissional que trabalha no dia a dia da vinícola, administrada pela segunda geração da família fundadora. Dura cerca de duas horas, com explicações, visitas às instalações e à plantação, além de degustações.

A produção está concentrada em espumantes, num total de 250 mil garrafas numeradas ao ano. São encontrados blends que favorecem a uva Chardonnay, além de Pinot Noir e Pinot Meunier, para serem degustados frescos ou em poucos anos.

EM GLOUCESTERSHIRE
Opção para quem procura mais do que um tour, em Three Choirs (www.three-choirs-vineyards.co.uk) é possível pernoitar e reservar um ou mais dias em meio ao sossego.

Os quartos possuem vista para as parreiras e é possível caminhar por trilhas demarcadas, encontrando ainda árvores de amora, placas explicativas, além de pontos com áudio que contam a história da vinícola e da produção de vinho britânico.

O tour é um bate-papo informal pelas instalações e acontece diariamente às 14h30 e, de abril a outubro, também aos sábados, às 11h. Começa com uma taça de espumante e termina com vinho tinto. Outros dois tipos de vinho branco são oferecidos no decorrer do passeio, que leva cerca de uma hora, sempre em um tom descontraído, com informações sobre a bebida degustada.

Sede da vinícola Ancre Hill Estates, em Monmouth, no País de Gales

Um restaurante próprio oferece pratos como o salmão defumado, com minialcaparras e cebola roxa e o filé de bacalhau envolto em presunto de Parma acompanhado de batatas.

NO PAÍS DE GALES
Logo cruzando a fronteira da Inglaterra a partir de Gloucestershire, a Ancre Hill Estates (www.ancrehillestates.co.uk), em Monmouth, é uma vinícola com produção biodinâmica – método que, além de seguir preceitos orgânicos, rege suas atividades pelos ciclos dos astros.

Com plantações de uvas Chardonnay, Pinot Noir e Albarino, o local produz espumantes e vinhos tranquilos (que não contêm gás). Entre abril e setembro, tours acontecem duas vezes por dia, às 11h30 e às 15h, de quarta a domingo. Em outros meses, apenas mediante consulta prévia.

Há possibilidade de almoço com prato de queijos galeses e uma taça de vinho. Também dá para se hospedar na propriedade, em acomodação exclusiva, com três quartos para até seis pessoas.

EM CORNWALL
Voltando à Inglaterra, a Camel Valley (www.camelvalley.com) também dispõe de acomodação para visitantes. Está localizada no centro do condado de Cornwall, e os chalés têm vista para as parreiras da região.

Entre abril e outubro, às quartas-feiras, o proprietário Bob Lindo comanda tours bem humorados pelos vinhedos. Degustações, também em clima descontraído, acontecem em seguida. Faça sua reserva pelo site, pois a possibilidade de perder a viagem chegando de surpresa é alta.

Lindo faz questão de denominar “cornwall” seu espumante, “pela mesma razão que os espumantes de Champanhe recebem o nome ‘champanhe’”. E tira risadas dos presentes: “então, se forem à Champanhe e chamarem o vinho lá de cornwall, não deixem, hein?”

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Nova moda nos bares londrinos: uísque, só que japonês

Matéria publicada no Caderno Ela do Globo de 11/08/2014

http://ela.oglobo.globo.com/blogs/londres/posts/2014/08/11/nova-moda-nos-bares-londrinos-uisque-so-que-japones-545656.asp

Não há maior reconhecimento: ser apreciado na terra dos inventores de algum produto, comportamento ou moda. Pois bem, o uísque japonês já havia conseguido vencer muitos concursos internacionais, alcançou respeito, mas ainda estava restrito – fora do Japão – a um pequeno círculo de “conoisseurs”. O consumidor médio não levava muito a sério um produto feito num país sem tradição ou fama. O primeiro uísque comercial japonês começou a ser vendido em 1924 e era uma cópia dos centenários e famosos “scotchs”.

Pois, agora, nomes como Nikka, Yamazaki e Hibiki se tornaram conhecidos nas terras da Rainha. Um dos bares da moda em Londres é o Mizuwari, no Soho, que tem uma grande variedade de marcas japonesas de vários anos. Além disso, serve coquetéis populares em Tóquio, que podem fazer os puristas torcerem o nariz, mas são excelentes para quem quer uma noite divertida. O mais famoso é o Highball, que, apesar de inventado na Escócia, virou febre na capital japonesa e consiste numa mistura de uísque e soda.

O uísque japonês se tornou tão poderoso que a Suntory, gigante de bebidas da terra do sol nascente, estaria estudando a compra de novas destilarias na Escócia.

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Benromach 10 — O Melhor de Speyside

Não se surpreenda se você nunca ouviu falar na Benromach. A menor destilaria escocesa é uma jóia rara escondida dentro de Speyside, a região produtora de whisky mais importante da Escócia e banhada pelo rio Spey.

A história da Benromach começa em 1898 — não falta, portanto, tradição em seus métodos de produção — e a destilaria produz hoje um malte ligeiramente enfumaçado, como era a prática de grande parte das destilarias de Speyside antes de 1960. Atualmente a grande maioria dos single malts da região não apresenta essa característica defumada situando-se mais no espectro frutado e floral.

No final de março deste ano, o Benromach 10 anos, clássico da destilaria, foi eleito na premiação WWA (World Whiskies Award) de 2014 o melhor single malt de Speyside na categoria com maturação menor ou igual a 12 anos. Uma grande justiça a esse grande exemplar da Benromach.

Maturado em barris ex-Bourbon e ex-Jerez e depois transferido para um envelhecimento adicional em barris de Jerez Oloroso, o Benromach 10 é de fato um dos single malts mais premiados na categoria até 12 anos.

Seguem algumas notas de degustação deste maravilhoso whisky.

Aparência: Âmbar.
Olfato: Complexo e frutado. Cereal, chocolate, abacaxi, kiwi, canela, nozes, maçãs verdes e ligeiramente enfumaçado.
Paladar: Licoroso e cremoso. Cereal, morango, amora, malte tostado e tons enfumaçados.
Fim de boca: Longo predominando as notas enfumaçadas e frutadas.
Conclusão: Complexo e excepcional.

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Tamdhu Ressurge em Barris de Jerez

A destilaria Tamdhu, fundada em 1897, ficou inativa durante três períodos de sua história, entre: 1911 e 1913, 1928 e 1948 e 2009 e 2013. No dia 4 de maio deste ano os apreciadores de whisky tiveram uma boa notícia, a destilaria reabriu suas portas novamente relançando um whisky de 10 anos inteiramente envelhecido em barris de vinho Jerez.

E essa será a estratégia da Tamdhu daqui pra frente, envelhecer seus maltes apenas em barris ex-Jerez. E não pense que isso é simples. Os barris de Jerez são bem mais caros e demoram mais a envelhecer whiskies que os barris ex-Bourbon, mais amplamente usados na indústria. Portanto, hoje, apenas três destilarias envelhecem exclusivamente seus whiskies em barris ex-Jerez: Glendronach, Glenfarclas e a Tamdhu.

Os barris de vinho Jerez, feitos de carvalho europeu (Quercus robur), passam uma coloração mais avermelhada ao whisky e contribuem principalmente com deliciosos sabores e aromas de figo, frutas cristalizadas, frutas secas, laranja, noz-moscada, panetone e passas.

Uma pena o Tamdhu não estar no Brasil. Quem sabe um dia ele não chegue por aqui. Estamos ansiosos na espera.

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Strathisla — A destilaria por trás do Chivas

A Chivas Brothers acabou de lançar  a nova embalagem do single malt Strathisla 12 anos.

O nome Chivas é familiar aos brasileiros. E é isso mesmo que você, leitor, deve estar pensando. Strathisla é uma destilaria do grupo Chivas Brothers, e seu single malt 12 anos um dos principais maltes por trás da mistura do Chivas Regal 12. Além disso, a Strathisla, uma das mais bonitas destilarias na Escócia, é ainda, desde 1950, o “lar espiritual” do blended Chivas Regal.

A paisagem que cerca a destilaria é bucólica e romântica, e a atmosfera de requinte e tradição está por todos os cantos da Strathisla, que pertence atualmente ao grupo Pernod Ricard.

Fundada em 1786 originalmente com o nome de Milltown, a destilaria passou a se chamar Strathisla por volta de 1870. Boa parte das instalações e prédios são ainda do tempo de sua fundação.

Uma pena o single malt Strathisla ainda não estar disponível no Brasil. Quem sabe ele não entra em nosso mercado aproveitando a onda do crescimento do consumo de whisky por aqui. Por enquanto, temos é que nos contentar com os blendeds da Chivas, que são excepcionais, por sinal.

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Destilarias da Escócia oferecem passeios e mostram a produção de whisky

Matéria publicada pelo Correio Braziliense

Juliana A. Saad — 14/03/2013

Destilarias da Escócia oferecem passeios e mostram a produção de whisky
Além de acompanhar todo o processo, ao fim da visita, o turista é convidado a provar e a adquirir a bebida

Não há como negar: a tradição mais conhecida da Escócia, depois do kilt, é mesmo o whisky. Inicialmente conhecido como acqua vitae, do latim, traduzido para o gaélico como uisge beatha, depois simplificado para uisge e, finalmente, whisky, no século 18, o destilado — obtido de grãos diversos e lentamente maturado em tonéis de madeira — tornou-se o símbolo escocês por excelência. Visitar o país sem gostar de whisky pode ser bom, mas a viagem só se torna completa se o produto nacional de maior prestígio for parte integrante do dia a dia.

Em Edimburgo, ao lado do castelo, na parte superior da histórica Royal Mile, está uma de suas maiores atrações, a Scotch Whisky Experience. O programa foi construído para permitir uma experiência sensorial, que narra por meio de um passeio super divertido, parecido com o trem-fantasma dos parques de diversão, a história da bebida.

O passeio desemboca em salas, que ilustram e explicam cada parte do processo de fabricação do scotch whisky, desvendando os segredos das várias regiões escocesas e sua influência sobre o que produzem. Tudo isso feito de maneira lúdica e informativa. Um dos destaques do passeio é a visita à Diageo Claive Vidiz Scotch Whisky Collection, com 3,5 mil garrafas de uísque doadas pelo brasileiro Claive Vidiz ao museu escocês. A lojinha da entrada tem um totem interativo ilustrando os locais produtores e, ao fim da visita, o momento mais aguardado: uma degustação de scotchs variados, listados em uma gigantesca carta.

Aromas

As Highlands, no norte, produzem a maior quantidade de whisky do país, com aromas frutados e de grande expressão gustativa. Suas orgulhosas destilarias gostam de alardear nos rótulos a expressão Highland Malt Whisky. O destaque é Speyside (veja A perfeição do single malt), que elabora os melhores single malts da Escócia, concentrando 50% das destilarias.

As Lowlands, com três destilarias, produzem single malts mais suaves e o sutil sabor adocicado agrada às mulheres. O whisky, produzido na região de Campbeltown, é bastante encorpado, atraindo sobretudo os clientes tradicionais. A Ilha de Islay, a oeste da Escócia, é responsável por um peculiar tipo de malte, com forte gosto defumado, e também elabora bons exemplares, que entram na composição dos melhores do país. (JAS)

O mais famoso
Uma boa dica é parar na The Famous Grouse, símbolo do whisky de mesmo nome. Ali, na Glenturret Distillery, que existe desde 1775, seu premium blended scotch whisky, o mais vendido na Escócia, é produzido desde 1896. É possível também conhecer um pouco mais sobre o processo de fabricação da bebida. Tem tour guiado e programa interativo, que leva o visitante a viajar pelas regiões produtoras. Vale passar no restaurante/café para um almoço despretensioso e seguir viagem.

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Bares literários ou degustação de uísque? Escolha seu tour

matéria publicada no Estadão de 25/09/2102.

Bruna Tiussu /EDIMBURGO – O Estado de S.Paulo

Os escoceses gostam de afirmar que, com uma paisagem como a que possuem, chega a ser difícil não virar poeta ou escritor para usá-la de inspiração. Justificativa que vem lá do fim dos anos 1700, época em que Sir Walter Scott (1771-1832) se consagrou como primeiro poeta nacional – e, mais tarde, como o escritor mais célebre da Escócia.

Scott e seus conterrâneos também dedicados às letras, como o poeta Robert Burns (1759-1796) e Robert Louis Stevenson (1850-1894), autor de O Médico e o Monstro, foram assíduos frequentadores de clássicos pubs. E essa história você pode saber, com um pouco mais de detalhes, no tour dos pubs literários (edinburghliterarypubtour.co.uk; 10 libras ou R$ 33).

Criado em 1996, é uma mistura de passeio turístico com encenação, já que os dois guias-atores ora assumem o papel dos escritores, ora recitam trechos de suas obras. O ponto de encontro é o Beehive Inn, onde os participantes do tour fazem o primeiro brinde assim como Burns costumava fazer. Depois, são duas horas de andanças, histórias e pausas em outros pubs, que se orgulham de terem sido endereços de preferência dos literatos.

Destilado. Há quem vá por curiosidade, para fazer uma completa imersão sobre o processo de fabricação da bebida ou simplesmente para aproveitar a degustação sempre incluída. Mas não existe um só turista que não fique impressionado com a coleção de garrafas do Whisky Experience (tours desde 12,50 libras ou R$ 41). São mais de 3 mil unidades cor de ouro que brilham como joias preciosas dispostas em prateleiras.

E pasmem: a maior coleção de uísque escocês do mundo já pertenceu a um brasileiro. Foi por volta de 1970 que o paulistano Claive Vidiz, apaixonado pela bebida e o legítimo single malt, começou a viajar em busca de exemplares raros – como, por exemplo, uma das 69 garrafas de malte único Strathmill, envelhecida 100 anos, produzida para celebrar o centenário da destilaria Speyside. Depois de entrar para o Guinness Book, em 1993, decidiu vender todo seu acervo por um valor nunca revelado e, hoje, lá está ele exposto para quem quiser apreciar.

Na sala de exibição, a sua explicação, dada na época do negócio: “No Brasil, temos a expressão que diz que o bom filho à casa volta e, na minha visão, a coleção está de volta à sua família”.

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Glenfiddich — 125 anos de História

Por Alexandre Campos

Ainda me lembro da minha visita a Glenfiddich em 2006. Foi uma das primeiras destilarias que conheci e ainda hoje uma das mais bonitas que já visitei. Daí o carinho que tenho por esse grande malte de Speyside.

A trajetória da Glenfiddich, que completa 125 anos no Natal desse ano, começa com o empreendedorismo de William Grant. Depois de trabalhar por 20 anos na destilaria Mortlach, e após juntar centavo por centavo, William Grant foi capaz de erguer a Glenfiddich em apenas um ano, com a ajuda de sua esposa, seus 7 filhos e 2 filhas. Uma linda história de dedicação e paixão por whisky que foi coroada com o que é hoje a maior destilaria de whisky Single Malt do mundo.

Tive a oportunidade de provar quase toda a linha do Glenfiddich, do 12 anos ao 40 anos. O 15 anos, por exemplo, envelhecido pelo método solera, é um dos melhores Single Malts encontrados em nosso mercado.

Já garanti minha edição comemorativa dos 125 anos da destilaria. Uma bonita garrafa guardada em um lugar especial de minha coleção.

Parabéns Glenfiddich! Vida longa e próspera!

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Um Refúgio de Luxo e Natureza em Jura

A ilha de Jura não é um lugar apenas para beber um bom whisky. Além dos belos single malts produzidos pela destilaria de Jura, a ilha oferece belas paisagens com toques bucólicos circundados de uma bonita natureza.

Destilaria de Jura ao fundo

 

Jura é assim, um lugar mágico, repleto de lendas e mitos, que abriga ainda o belo hotel da destilaria chamado “The  Lodge”.

Inaugurado em 2007, o “The Lodge” é um refúgio de luxo exclusivo para seus visitantes, os aficionados por whiskies, além de escritores e poetas que visitam a Ilha para buscar inspiração. Mas esse luxo não sai barato, a diária custa a bagatela de £ 2.500 por noite (mínimo de três noites).

Projetado pelo designer de interiores parisiense Bambi Sloan, o hotel é sofisticado e aconchegante.  Os hóspedes podem relaxar na sala de estar tomando os excelentes single malts produzidos pela destilaria de Jura, tomar banho na banheira vitoriana, enquanto observam os veleiros, jogar cartas na sala de música, cercada de relíquias passadas e, obviamente, desfrutar de todo o comforto do hotel.

The Lodge

Além do luxuoso hotel, Jura conta somente com uma estrada, um pub, um banco, e em seu coração, a destilaria de Jura. E quem visita a ilha não se arrepende. Habitada por uma comunidade de 188 pessoas, conhecidas como “diurachs”, Jura é magnífica, conquistadora, elegante e misteriosa.

Na ilha pode-se também caçar e pescar. E há ainda 2 grandes eventos locais, o Jura Music Festival e o Jura Fell Race, uma corrida de resistência entre as montanhas.

Para quem não pode ir a Jura, a sugestão é saborear um dos excelentes single malts de sua destilaria disponíveis no Brasil: Jura 10, Jura 16 e Jura Prophecy.

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Jura e seus Whiskies

Há mais de uma semana que o mundo e nós seguimos ligados na Olímpiada de Londres. E apesar dos resultados de nossas atletas estarem aquém do que estávamos esperando, principalmente se considerarmos que o Brasil será sede da próxima Olímpiada, nós não estamos deixando de celebrar nossas medalhas com bons whiskies. E o Jura tem cumprido muito bem esse papel em nossa festa Olímpica.

A história da destilação de whisky em Jura é repleta de dificuldades e heroísmo. Em 1810 a destilaria foi fundada pelo Lord Archibald Campbell e após anos de funcionamento caiu em abandono. No início de 1960, os moradores Robin Fletcher e Tony Riley Smith reconstruíram a destilaria, trazendo de volta além do malte mágico, o desenvolvimento da ilha.

A bonita ilha de Jura com a destilaria ao fundo

 

A destilaria Jura produz whiskies excepcionais. A cevada selecionada, a água puríssima da ilha e o envelhecimento em excelentes barris de Jerez e Bourbon são peças fundamentais no processo de produção dos maltes inebriantes de Jura.

Duas versões do Jura estão disponíveis no Brasil: o Jura 10 anos e o Jura 16 anos. E todos os dois podem ser encontrados com ótimos preços em nossa loja virtual (www.lojadewhisky.com.br). Excelente presente para o Dia dos Pais!

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