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O Espirituoso Uísque

Matéria sobre whisky interessante e bastante ilustrativa publicada na Revista Hotel News Ed. 384 e que contou com a colaboração do nosso consultor em destilados Alexandre Campos.

Link online para a matéria: http://www.revistahotelnews.com.br/2009/materia.php?req_url=001&id_materia=506

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Guia Básico Para Apreciar Uísques

Saiu mais uma matéria com a gente na imprensa. Desta vez foi na Revista “O Que Tem Para Jantar?” de julho.

Nosso consultor Alexandre Campos ajudou a autora do artigo a elaborar um guia rápido de como se degustar uísque. O texto contém ainda alguns comentários de algumas marcas de uísque mais conhecidas no mercado.

Abaixo a versão completa da matéria.

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Single Malt Brasil na Revista VIP

A revista VIP de agosto de 2014 trouxe uma excelente matéria sobre whisky que reproduzimos abaixo — vale a leitura! Porém, o mais legal da publicação foram os autores da revista citarem nossa loja de whisky (www.lojadewhisky.com.br) no box “onde comprar”.

E foi um de nossos clientes que nos informou que havíamos sido citados na revista como uma das lojas para compra de whiskies. Ficamos muito felizes em sermos lembrados por um veículo de comunicação importante de nossa imprensa.

Segue a versão completa da matéria.

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O novo manual do uísque

Por César Adames

ATÉ O MAIS TRADICIONAL DOS DESTILADOS ESTÁ SUJEITO A MUDANÇAS. CONHEÇA AS ATUAIS TENDÊNCIAS DESTE UNIVERSO.

A idade não importa (tanto)
O brasileiro consumiu 38,7 milhões de litros em 2012. Em 2013, o número aumentou 42%. E esse é um crescimento global. Como seria, então, possível para as destilarias estocar seus rótulos por 12, 15, 18 ou mais anos, se elas mal acompanham a demanda? A solução encontrada por algumas empresas foi tirar a idade de seus rótulos e substituí-la por outras denominações.

É o caso do Macallan, considerado por muitos o Rolls-Royce dos single malts. No final do ano passado, o Brasil recebeu a visita de Joy Elliot, embaixadora da marca, para o lançamento da linha 1824 Series com quatro rótulos: Gold, Amber, Sienna e Ruby, refletindo as cores reais dos uísques da série.

A criação é obra do mestre distiller Bob Dalgarno, que levou em conta a identificação da cor natural obtida no processo de maturação em diferentes tipos de barris enquanto o tipo de madeira definiu o sabor, do mais delicado até notas mais complexas como frutas secas. Comparativamente em termos de paladar, poderíamos dizer que o Gold representa um 10 anos, o Amber é um 12, o Sienna é um 15 e o Ruby, um 18 anos. Para o mercado brasileiro a empresa resolveu apostar no Amber e no Ruby, que já estão à venda.

Outra marca muito conhecida pelos apreciadores de single malt é a Talisker 10 anos, que recentemente lançou o Talisker Storm sem definição de idade no rótulo. As propriedades do uísque praticamente são as mesmas, um toque defumado no paladar e alto teor alcoólico, de 45,8%. Com essas duas características marcantes, é possível que o novo produto tenha de 7 a 9 anos de envelhecimento.

O barril não é mais o mesmo
O uísque sempre foi uma bebida previsível com relação aos ingredientes, destilação e até mesmo envelhecimento, sempre feito em barris de carvalho. Uma das pioneiras em mudar esse conceito foi a marca de single malt Glenmorangie, que já produz – além do tradicional envelhecido em barris de carvalho – versões que passam por barris de vinho do Porto, Jerez e até mesmo do vinho de sobremesa Sauternes. A mais recente criação da marca é o projeto Glenmorangie Cask Masters, em que os apreciadores estão interagindo no site da empresa e definindo todos os passos da criação de um novo single malt.

Dalmore King Alexander III envelhecido em seis tipos diferentes de barris

Em relação à escolha do tipo de barril, o ganhador foi o da variedade de vinho Manzanilla, produzido na Espanha. Os consumidores escolheram também o nome, o design da garrafa e até o evento de lançamento. Um fato relevante é que o Glenmorangie Ealanta foi considerado por Jim Murray, autor da Whisky Bible, o melhor single malt de 2013.

Já o single malt Dalmore King Alexander III Highland envelhece em seis tipos diferentes de barris ao longo de sua produção: um já usado para bourbons, outro para Jerez Oloroso Matusalem. Depois, passa por pipas de Porto, Madeira, Marsala e termina em barris utilizados previamente para envelhecer vinhos Cabernet Sauvignon de Bordeaux.

Novos sabores
Nos Estados Unidos, a tendência é outra: os produtores seguiram os de vodca e estão apostando na flavorização do produto. Quem começou foi a tradicional marca Jim Beam, quando surpreendeu o mercado com o Jim Beam Red Stag Black Cherry, com cerejas pretas. Como o sucesso foi grande, a destilaria lançou outra versão com sabor de mel e, mais recentemente, o Jim Beam Red Stag Spiced with Cinnamon, com especiarias e canela (tendo 40% de teor alcoólico).

O mel também foi eleito pela Jack Daniel’s, que resolveu lançar o Tennessee Honey, que na verdade é considerado licor, devido a seus 35% de teor alcoólico e à adição de açúcar. Porém, a fórmula resume-se a puro Jack Daniel’s e mel.

Pensa que é só um modismo? Pois saiba que a tradicional marca de uísque irlandesa Bushmills lançou uma versão com mel e a escocesa William Lawson, uma spiced. Sinal dos novos ventos que sopram no mundo do uísque.

Publicado na Revista GQ de 8 de abril: http://gq.globo.com/Prazeres/Bebidas/noticia/2014/04/o-novo-manual-do-uisque.html

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Uísque Cada Vez Mais Brasileiro

A matéria a seguir foi publicada no Correio Braziliense de 8 de março de 2014 e contou com a colaboração do nosso consultor em destilados Alexandre Campos.

Vale a pena a leitura!

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Single Malt Brasil no “Malt Whisky Yearbook 2014″

A Single Malt Brasil foi convidada a participar da edição 2014 do Malt Whisky Yearbook 2014. Nosso consultor, Alexandre Campos, concedeu uma entrevista para Ingvar Ronde, organizador do livro, e escreveu uma resenha sobe whisky no Brasil.

Segue a íntegra de nossa participação.

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Como Degustar Whisky? Entrevista Single Malt Brasil no Programa Super Útil

Nosso consultor em destilados, Alexandre Campos, foi entrevistado sobre como degustar whisky para o programa Super Útil da Rede Bandeirantes.

Seguem algumas dicas da Single Malt Brasil para os nossos amigos apreciadores de whisky.

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Cansado da cerveja? Veja nosso guia para apreciar um bom uísque

Artigo publicado no portal IG com comentários de nosso consultor em destilados Alexandre Campos.

http://deles.ig.com.br/mundo-masculino/2013-07-31/cansado-da-cerveja-veja-nosso-guia-para-apreciar-um-bom-uisque.html

Qual o copo ideal? Por onde começar a beber uísque? Pode misturar com outras bebidas? Especialistas tiram essas e outras dúvidas

Brunno Kono | iG São Paulo | 

Gelo e uma segunda bebida para misturar com o uísque fica a cargo de quem beber, diz Alexandre Campos

“Uísque é o melhor amigo do homem. É o cachorro engarrafado.”

A frase acima, atribuída à Vinicius de Moraes, talvez nunca existisse se não fosse pelo poeta, mas certamente encontraria muitos autores anônimos que gostariam de ter sido seu criador. O uísque não acompanha o homem no dia-a-dia como a cerveja e não possui a versatilidade do vinho na hora de combinar com um jantar, mas cria uma relação de fidelidade com aqueles que o provam.

“Cerveja eu bebo socialmente, eu gosto é de tomar uísque”, diz o advogado Diego Lecuona, de 25 anos. Iniciado no mundo do destilado escocês pelo pai, Lecuona conta que, com o tempo, aprendeu a degustar a bebida, decidindo assim descartar o gelo para preservar o sabor. “Coloco, no máximo, um pouco de água.”

Foi assim também que, bebendo por curiosidade ou por indicação, Alexandre Campos e Eduardo Rotella tornaram-se fãs do uísque e trabalham hoje com o que bebem há anos — Campos, economista, como consultor do site Single Malt Brasil e de sua loja virtual, e Rotella, dentista, como master da marca Chivas, em particular dos uísques mais envelhecidos, com 18 anos ou mais, e autor do livro “Manual Básico do Scotch Whisky”.

Campos lembra que sempre foi um apreciador do uísque, mas foi em 2005, quando deixou o Brasil para estudar na Inglaterra, que levou um choque de realidade. “Não conhecia absolutamente nada. Me deparei com um mercado cheio de marcas que eu não conhecia. Comecei então a ter um interesse maior, a fazer viagens à Escócia, a visitar destilarias e colecionar uísques.” O brasileiro ainda prestou consultoria aos escoceses por três anos sobre o mercado nacional.

Com Rotella, a atração foi “natural”. Neto de colecionador, se interessou pelo uísque na infância, a princípio, por causa do aroma. Antes mesmo de atuar na área, sua bebida favorita já era o destilado escocês. Há 12 anos no ramo, ele não atende mais em consultório, mas atende os mais diversos públicos em jantares e degustações técnicas da marca para qual trabalha.

Por ser uma bebida mais sofisticada e de alto teor alcoólico, o uísque suscita uma série de dúvidas entre os iniciantes, desde o copo ideal aos cuidados que a pessoa deve tomar em casa na hora de armazenar as garrafas. Alexandre e Eduardo te ajudam a passar por isso.

Como identificar um bom uísque?

Embora a resposta desta questão esteja associada ao gosto de cada um, aroma e sabor são fundamentais na hora de identificar o quão bom é o destilado, além do “fator idade”. Campos explica que quanto mais envelhecido for o uísque, maior o “número de sabores vindos do barril”, mascarando o álcool. “É muito difícil falar porque o bom para mim pode não ser bom para você”, diz Rotella. Também é aconselhável que o consumidor compre a bebida de um bom fornecedor, como mercado ou empório.

Qual é o copo ideal?

Varia conforme o propósito. No dia-a-dia e com uísques jovens, o copo aberto e baixo é o mais indicado. No caso de degustação, de um destilado mais envelhecido ou simplesmente para quem quiser se aprofundar na bebida, o melhor é usar uma taça do tipo ISO, de boca mais fechada, o que concentra os aromas. “Boa parte da bebida você sente no nariz, o resto você confirma na boca”, afirma Campos. Se você prefere seguir à risca, existe o Glencairn Glass, o “copo oficial do uísque”.

Pode misturar com outras bebidas? E com gelo?

Poder, pode, mas não é o mais indicado, de acordo com os especialistas. “Quando você adiciona qualquer coisa ao uísque, você adultera os paladares originais da bebida”, justifica Alexandre. Para Eduardo, “não existe um melhor jeito de tomar uísque a não ser o seu”, mas ele classifica como “bizarrice” misturar um destilado envelhecido com energético, refrigerante ou água de coco: “É um sabor muito delicado para fazer misturas”.

Já o gelo, ou até mesmo a água, não são tão mal vistos – os próprios escoceses costumam colocar um pouco de água no destilado símbolo do país. “Excesso de gelo é aceitável em uísques de até oito anos. A partir de 12 e 18 anos essa quantidade tem que diminuir. O aroma é liberado à temperatura ambiente. Se você esfria a bebida, ele se contrai”, esclarece o master da Chivas.

É possível combinar o uísque com comida?

Sim, mas isso exige uma harmonização entre bebida e comida, e não é algo que se descobre facilmente. No caso do Chivas Regal 18, com o qual Eduardo trabalha, ele sugere acompanhar com um peixe defumado, como o salmão. Para Alexandre, os fãs de pimenta têm um prato cheio em mãos. “É fantástico. A culinária brasileira não tem esse hábito [de ser apimentada], mas na comida baiana, na feijoada, se ela estiver muito carregada, casa muito bem. Nestes casos, eu tomo com um uísque, uma cachaça ou uma cerveja mais pesada.”

Sou um iniciante no mundo do uísque. Por onde começo?

Experimente para saber qual sabor te agrada mais: frutado, salgado, seco, defumado… “É uma jornada. Se atreva a experimentar. Quanto mais fizer isso, maiores as chances de descobrir novas marcas, de descobrir um uísque que você ame”, sugere Rotella. Para apreciar o destilado e evitar ficar bêbado muito rápido, também é importante intercalar a bebida alcoólica com copos de água.

A sugestão de Alexandre é começar por um blended, que é o tipo mais popular do uísque escocês. Depois, vale tentar um blended mais envelhecido, e então começar a degustar um single malt, feito exclusivamente de malte de cevada e cujo sabor é mais forte e encorpado. Se você mergulha de cabeça no assunto, também pode experimentar os uísques de Islay, ilha ao sudoeste da Escócia, conhecidos pelo forte gosto “de remédio”. “Esses são 8 ou 80. Ou a pessoa adora ou detesta”, diz Campos.

Vai começar a tomar uísque? Se atreva a experimentar, afirma Eduardo Rotella

Quais os cuidados que devo tomar em casa?

Na hora de guardar suas garrafas, certifique-se de que elas estejam com as tampas bem vedadas e em um local escuro, com pouco incidência de luz — se elas forem transparentes, uma solução é mantê-las dentro do estojo ou da caixa da embalagem. Como o interior de uma casa não possui uma variação térmica grande, você, a princípio, não precisa se preocupar com isso, a não ser que sua adega fique no jardim. Vale ter atenção com garrafas feitas de porcelana, uma vez que este material é poroso, ou com tampa de rolha — guarde-as na posição vertical para evitar o contato com o álcool.

Uísque tem prazo de validade?

Existem uísques com mais de 50 anos que são leiloados e consumidos normalmente, portanto, não existe uma regra muito clara sobre prazo de validade. Existe, no entanto, um tempo ideal. De acordo com Eduardo, o aroma e sabor do destilado não mudam dentro da garrafa como acontece com o vinho, por exemplo, mas é indicado consumir a bebida em uma janela de 10 a 15 anos.

Uísque como presente. Qual escolher?

Nada é mais comum — e “comum” não significa necessariamente clichê — do que presentear seu pai, sogro ou amigo com uma boa garrafa de uísque. Caso o presenteado seja um iniciante, Rotella afirma que o uísque com características florais e frutadas, mais comuns, são mais fáceis de agradar. Se o sortudo for um especialista ou conhecedor do destilado, aproveite a chance para surpreender, defende Campos: “Vou procurar algo que ele não conhece. Vou tentar inovar e chegar com uma novidade”. O que pode ser uma novidade? Um uísque japonês, por exemplo.

Presente para pai, sogro… Uísque é uma bebida masculina?

“A imagem que as mulheres têm na cabeça é a daquele uísque mais jovem, muito alcoólico, que até para o homem é agressivo. Se elas fossem introduzidas aos uísques mais velhos, mais delas beberiam. Eles [uísques mais velhos] descem macios, sem gelo. Você pode colocar um pouco de água e tomar com facilidade. Isso choca as pessoas”, afirma Eduardo. Ou seja, mais do que surpreender seu pai, sogro, amigo, você pode surpreender sua mãe, sogra, amiga ou namorada com uma boa garrafa do destilado e ainda dar algumas das dicas que você leu acima.

O top 5 de quem conhece do assunto

Alexandre Campos:
- Macallan 18 (single malt escocês)
- Hibiki 17 (blended japonês)
- Buchanan’s 12 (blended escocês)
- Woodford Reserve (bourbon americano)
- Laphroaig 10 (single malt escocês)

Eduardo Rotella:
- Aberlour 10 (single malt escocês)
- Chivas Regal 18 (blended escocês)
- The Glenlivet 15 (single malt escocês)
- Jameson 12 (single malt irlandês)
- Royal Salute 21 (blended escocês)

* Bebidas alcoólicas são proibidas para menores de 18 anos. Se beber, não dirija.

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Curso e Degustação de Whisky em Presidente Prudente

Estaremos conduzindo um curso com degustação de Scotch Whisky nesta quinta-feira (8 de agosto) a convite da Cultura Inglesa de Presidente Prudente.

O evento faz parte da programação em comemoração ao dia dos Pais da escola. E nada melhor do que celebrar a data com o que a cultura britânica tem de melhor, seu maravilhoso destilado. Sortudo serão os pais que ganharão o sorteio para participar do evento já que terão a maravilhosa oportunidade de provarem o Whyte & Mackay 22, Ardbeg 10, Macallan 12, Jura Prophecy e Dalmore 18.

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Whisky com toque feminino

Artigo da coluna mensal no Portal AreaH assinada por Alexandre Campos*, nosso consultor exclusivo em destilados.

“A mulher perfeita não deveria ser, além de bonita, inteligente e carinhosa, também apreciadora de um bom scotch?

Convenhamos, não seria muito melhor que sua esposa, namorada ou parceira o acompanhasse em algumas doses de whisky? A mulher perfeita não deveria ser, além de bonita, inteligente e carinhosa, também apreciadora de um bom scotch? Por que não?

Ainda bem que as coisas mudaram, e, hoje, cada vez mais mulheres apreciam destilados. Não param de surgir pelo mundo afora confrarias femininas de whisky, cachaça ou tequila. A página do Facebook “Women & Whiskies”, fundada por um grupo de americanas, já conta com quase 5 mil seguidores. E elas não apenas bebem, mas escrevem artigos, fazem degustações e promovem cursos sobre a bebida.

Afinal, quem foi que determinou que whisky só pode ser concebido por homens? O conceito é ultrapassado, e seus últimos defensores devem ser os clientes de um bar estilo “pé sujo” no interior do Texas, onde homem que é homem bebe a dose pura, sem gelo, no famoso estilo “cowboy”…

Eu participo de eventos relacionados ao whisky desde 2006, e percebo de ano para ano que as mulheres se fazem cada vez mais interessadas e presentes, embora continuem a ser minoria.

Só podemos entender a associação do whisky com o universo masculino a partir de dois pontos: i) as convenções sociais e ii) a elevada graduação alcoólica do produto.

Na França do século XIX, costumava-se dizer que apenas o champagne era uma bebida feminina, e portanto, a única socialmente aceita para as mulheres. E olha que, naquele tempo, a França ditava a moda no mundo…

Está certo: whisky é uma bebida com elevada graduação alcoólica, pelo menos 40% GL, a exemplo de outros destilados. Tamanha concentração de álcool afasta, sim, a maioria das mulheres, que preferem bebidas fermentadas, ou, no máximo, os drinques de destilados.

Felizmente, as convenções sociais caminham para um mundo mais igualitário, e as mulheres começam a acostumar-se com a alta graduação alcoólica do whisky. Algumas diluem a bebida com um pouco de água natural, o que é amplamente aceito pela maioria dos “experts”, como forma de liberar os aromas e sabores do destilado. Hoje, a minha relação com o whisky é bastante forte, mas levei tempo para entender plenamente a bebida e me acostumar com seu teor alcoólico. O resultado é que, depois de anos, só quero beber whiskies cask strengths — engarrafados diretos do barril — com 50% Gl para cima. Já estou mais que acostumado ao sabor e ao teor alcoólico do destilado, o que prova o fenômeno que os escoceses chamam de acquired taste for whisky.

E você, não gostaria que a mulher ao seu lado também curta whisky? A menos que o casal não aprecie a bebida, ou ela se mostre capaz de uma grande prova de amor, ao não beber para dirigir o carro na volta…

*Alexandre Campos é colecionador de whisky, realizou cursos em diversas destilarias, possui formação avançada em destilados pela WSET de Londres e é consultor de destilados da Single Malt Brasil, um site completo sobre bebidas que vale sua visita.

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