Arquivo do mês: setembro 2013

Ranking 2013 das Cachaças Envelhecidas em Carvalho — Salve a Rochinha 12!

A Revista VIP publicou em julho um ranking de cachaças envelhecidas em barris de carvalho. E de acordo com a legislação brasileira, cachaça envelhecida é aquela que tem no mínimo 50 % de envelhecimento em tonéis de madeira de até 700 litros.

O ranking foi elaborado em um evento que aconteceu no Engenho Mocotó, espaço gastronômico da cachaçaria e restaurante Mocotó, em São Paulo. As 12 amostras de cachaças envelhecidas em carvalho de diferentes regiões do país que compuseram o ranking foram selecionadas por Leandro Batista, cachacier do Mocotó, e avaliadas por especialistas e técnicos, que deram notas de 0 a 5, às cegas, nos seguintes critérios: avaliação visual, aroma, sensação de boca e sensação final.

Ao final da degustação as notas de todos os jurados foram somadas e o resultado do ranking das cachaças envelhecidas em carvalho foi o seguinte:

1 – Rochinha 12 anos
2 – Germana Heritaga
3 – Áurea Custódio
4 – Bodocó Safra Especial
5 – Weber Haus Lote 48 12 anos
6 – Leblon Signature Merlet
7 – Reserva 51
8 – Companheira Extra Premium
9 – Dona Beja Extra Premium
10 – Santa Rosa XIV Exclusive
11 – Do Barão Reserva Especial
12 – Fogo da Cana Extra Premium

Os Jurados
Ana Toshimi Kanamura, especialista em saquê
Fernando Saraiva, editor de arte da VIP
Gabriela Barreto, do site mapadacachaca.com.br
Illan Gomes de Oliveira, dono da distribuidora de cachaça Solution
Julien Mercier, chef no Mocotó
Leandro Batista, especialista em cachaças do Mocotó
Leandro Marelli de Souza, pós-doutor em cachaça pela USP
Marcos Nogueira, editor da VIP
Nelson Duarte, master blender da empresa Consulado da Cachaça
Renato Krausz, redator-chefe da VIP

E vamos as 5 primeiras:

 

Rochinha 12 anos
1° Lugar
Barra Mansa, RJ
38% de álcool
Nota: 180/200
A cachaça Rochinha é fabricada na Fazenda Cachoeira, desde 1921, em Barra Mansa. Os canaviais não recebem tratamento com pesticida. A cana é colhida manualmente e vai para o moinho em no máximo 24 horas, num engenho que está lá desde 1871. O fermento usado é feito a partir da própria cana, numa receita que a família Rocha mantém sob segredo. A Rochinha 12 anos repousa em barris de 200 litros de carvalho francês.

Germana Heritage
2° Lugar
Nova Lima, MG
40% de álcool
Nota: 166/200
A vice-campeã passa por envelhecimento duplo: são dez anos em barris de 200 litros de carvalho francês mais dois anos em tonéis de bálsamo com 5 mil litros.

Áurea Custódio
3° Lugar
Ribeirão das Neves, MG
40% de álcool
Nota: 165/200
A medalha de bronze – quase um empate com a segunda colocada – foi para uma cachaça envelhecida por cinco anos na região metropolitana de BH.

Bodocó Safra Especial
4° Lugar
Betim, MG
40% de álcool
Nota: 163/200
Outra que disputou nariz a nariz o vice-campeonato, a Bodocó é a cachaça mais velha que participou da degustação. Ela matura por 15 anos em barris de 200 litros.

Weber Haus Lote 48 12 anos
5° Lugar
Ivoti, RS
40% de álcool
Nota: 160/200
A Weber Haus produziu 2 mil garrafas numeradas dessa bebida envelhecida por seis anos em carvalho e outros seis em bálsamo, o que lhe confere aromas anisados. É a cachaça mais cara do Brasil.

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Like a Virgin: Auchentoshan

Por Alexandre Campos

O single malt Auchentoshan não está disponível no Brasil. Porém, nada impede que falemos dele. Afinal, os brasileiros estão viajando cada vez mais e começando a tomar gosto pelos whiskies do tipo single malt. Portanto, entre uma viagem ou outra ao exterior, você provavelmente esbarrará com alguma edição do Auchentoshan.

Localizada a apenas 15km do centro de Glasgow, na região produtora de whisky conhecida como Lowlands, a Auchentoshan foi fundada em 1823 e junto com a Hazelburn são as únicas destilarias na Escócia que utilizam o processo de tripla destilação do whisky.

A destilaria produz excelentes single malts que são via de regra mais suaves que os maltes produzidos nas Highlands. A versão Three Wood, por exemplo, envelhecida em barris ex-bourbon, ex-Jerez Oloroso e ex-Jerez Pedro Ximenez é excepcional e está sem dúvida na minha lista dos Top-30 melhores single malts que já provei. Mas estamos aqui para falar de uma novidade, o Auchentoshan Virgin Oak.

Whisky escocês é quase sempre maturado em barris que envelheceram outras bebidas, sendo os barris de whisky americano e de vinho Jerez os mais usados. Mas a Auchentoshan resolveu inovar lançando sua primeira versão de maltes envelhecidos apenas em barris virgens de carvalho americano.

O resultado é um single malt non-chill filtered suave mas com pronunciados sabores e aromas de baunilha, noz-moscada, canela, maçã e laranja. O preço da garrafa gira em torno de £70 (R$ 250), e vale cada uma gota!

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Gelo ‘que banhou dinossauros’ é iguaria servida com uísque no Chile

http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2013/09/130905_gelo_milenar_whisky_gm.shtml

Publicado na BBC Mundo
                                                                                                    
Pode até parecer estranho, mas gelo é uma das coisas mais procuradas e apreciadas por militares, cientistas e até mesmo turistas que visitam a Antártica.

Mas não é qualquer gelo. O que todos procuram é o gelo formado há milhares de anos e que, de acordo com seus apreciadores, é um complemento ideal para um bom uísque “on the rocks”.

O gelo milenar se diferencia do resto dos blocos brancos que flutuam nas águas da Antártica por ser mais escuro e compacto, lembrando um diamante negro.

A cor escura também seria um reflexo da escuridão do oceano, já que esses blocos milenares de água congelada são cristalinos.

O gelo milenar se formou com sucessivas camadas de neve que foram se compactando por milhares de anos, formando extensas geleiras.

Iguaria

O gelo milenar é mais transparente que o normal, porque não possui muitas bolhas de ar em seu interior, o que lhe garante uma textura mais lisa.

No Chile, dizem que alguns bares chegam a cobrar o dobro por um drinque com o gelo milenar.

Gelo milenar deve ser cortado com delicadeza em pedaços grandes antes de ser consumido

Na Antártica, os militares “pescam” os blocos de gelo com grandes gruas – guindastes – que estão acopladas aos navios da Marinha.

O gelo então é apreciado em momentos de lazer, quando os marinheiros estão de folga, para brindar com amigos e a família quando estão em terra firme.

Os turistas também consomem o gelo milenar em passeios turísticos, encantados com a possibilidade de tomar a água congelada com a qual os dinossauros se banharam.

Os adeptos da iguaria recomendam tratar o gelo com delicadeza, utilizando uma lâmina fina bem afiada para cortar o gelo bem devagar. O objetivo seria retirar blocos regulares de gelo, não muito pequenos, que derretem mais devagar num copo com bebida.

Negócio lucrativo

O consumo de gelo milenar não é restrito apenas às terras austrais. Em 1988, reportagem do jornal americano The New York Times mostrava como o comércio de gelo glacial estava se tornando um negócio atrativo, principalmente em regiões como o Alasca.

Lá, o gelo milenar não serve apenas para acompanhar os drinques gelados, mas também para produzir cerveja, vodca e água engarrafada.

Em cidades americanas como Los Angeles e Nova York existem empresas especializadas em fornecer o gelo milenar de alta qualidade para festas exclusivas de celebridades.

Mercado negro

Gelo milenar também é muito apreciado por turistas que visitam a Antártica

Em janeiro de 2012, a imprensa internacional noticiou o roubo de 5,2 toneladas de gelo do glaciar de Jorge Montt, no Parque Nacional Bernardo O’Higgins, no Chile.

A polícia suspeitou à época que o carregamento, avaliado em US$ 6 mil (cerca de R$ 14 mil), tinha como destino os bares de luxo, algo que nunca foi confirmado.

“Tivemos um outro caso no ano passado na cidade de Puerto Aysén”, explicou à BBC Mundo Oscar Rosas, chefe nacional de crimes contra o meio ambiente do Chile.

“Nessa oportunidade, investigamos extrações no parque Laguna de San Rafael. No Chile, todos os parques nacionais são protegidos e resguardados por brigadas especiais para fiscalizar crimes que podem afetar o ecossistema”, explicou Rosas.

“Ainda não conseguimos informações suficientes sobre se o gelo (do parque Laguna) é mesmo utilizado em bares de luxo. É difícil saber o destino (desse material)”, complementa.

Apenas gelo

Apesar da fascinação com o gelo milenar, as palavras do glaciólogo croata-chileno Cedomir Marangonic desmontam parte do mito em torno do assunto.

“Poderíamos dizer que se derrete um pouco mais devagar, mas, ainda assim, não é muito diferente de um gelo de 20 anos de idade”, explica.

“Na realidade, não existem diferenças, exceto na densidade e com relação a impurezas. O gelo glacial tem impurezas que são trazidas pelo vento.”

De qualquer forma, Marangonic afirma que consumo do gelo milenar é seguro e não é capaz de causar nenhum dano à saúde de quem o consome.

Acima de tudo, destaca o glaciólogo, o gelo milenar não é muito diferente do gelo normal, exceto pelo romantismo de sua história.

“No Chile, dizemos que é um um esnobismo (o ato de consumir gelo glacial), uma forma de mostrar que se tem algo diferente.”

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Famous Grouse 40 anos

Apenas 276 garrafas, feitas à mão, foram criadas em parceria com os designers do estúdio escocês Timorous Beasties para o Famous Grouse 40 anos, o whisky mais envelhecido já lançado pela Famous Grouse e um marco na história da marca.

A edição é composta por whiskies vindos de 4 barris ex-Jerez. E Gordon Motion, atual Master Blender da Famous Grouse, confessou: “É um privilégio ter participado na criação desse excepcional whisky de 40 anos e completar a tarefa iniciada há 40 anos pelo meu colega e antecessor John Ramsay”.

O precioso whisky — para poucos — estará a venda nos mercados de duty-free e em alguns países selecionados pela bagatela de £2,000 (R$ 7,200 aproximadamente).

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Daqui a 5 anos — Johnnie Walker

Como sempre, a Johnnie Walker surpreende com suas propagandas criativas, instigantes, e acima de tudo, interessantes.

O tema dessa vez é: “Onde você vai chegar? Daqui a 5 anos”.

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Glenfiddich Lança no Brasil Edição Especial “Age of Discovery”

O whisky Glenfiddich, single malt mais consumido no mundo, acaba de lançar no mercado de Duty-Free brasileiro uma edição exclusiva para seus apreciadores. A série “Age of Discovery” é feita especialmente para verdadeiros exploradores de um bom whisky.

O single malt Age of Discovery Madeira Cask 19 anos homenageia os descobrimentos portugueses do século XV e é maturado em barris ex-Bourbon com uma maturação extra em barris de carvalho previamente utilizados para envelhecimento dos vinhos Madeira. Oferecendo sabores e aromas complexos, licorosos e adocicados de figo, geléia de laranja, passas e amoras, além de notas de groselha e uvas vermelhas. Sua embalagem tem a cor amarela e desenhos de mapas e rotas utilizadas pelas caravelas portuguesas.

Já o Age Of Discovery Bourbon Cask 19 anos é maturado exclusivamente em barris ex-Bourbon e tem sabores e aromas de baunilha, caramelo, canela, especiarias e pimenta do reino. O Bourbon Cask foi inspirado nos grandiosos rios americanos, incluindo o Mississipi, que transportavam barris de carvalho cheios de whisky Bourbon com destino à Nova Orleans e por isso sua embalagem é azul.

Para completar a coleção, o Age Of Discovery Red Wine Cask 19 anos celebra a rota de descobertas do jovem Charles Darwin. Este complexo e extraordinário single malt escocês é maturado em barris ex-Bourbon com uma maturação extra em barris de carvalho previamente utilizados para envelhecimento dos suaves e complexos vinhos da América do Sul compostos por uvas Malbec, Merlot e Cabernet Sauvignon. Seus sabores e aromas remetem a uvas vermelhas, framboesas, amoras, figos e passas. Ele tem em sua embalagem vermelha a rota dos descobrimentos espanhóis na América do Sul.

Além de seus sabores e aromas únicos, algo excepcional é a embalagem dessas edições limitadas que as tornam ainda mais especiais. As garrafas são feitas de vidro preto e apresentadas em caixas que remetem as origens dos barris usados em seus envelhecimentos.

 

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Vai um whiskey com dedo? A Yukon ritual

O nome do drink é “Sourtoe Cocktail”. E quais são os ingredientes desse cocktail? Simples:
50ml de canadian whiskey
1 dedo humano

O principal ingrediente do Sourtoe Cocktail

Dedo humano? Pode parecer bizarro, mas o drink é famoso na cidade de Dawson, situada na província de Yukon, extremo norte do Canadá (quase Alaska). A cidade fica em uma área conhecida tecnicamente como “permafrost” pois as temperaturas são tão frias que o gelo no solo não derrete. Todos nós sabemos que whiskey é bom para esquentar em climas tão severos, mas com dedo?

Parece que a tradição começou em 1973 quando um tal de Capitão Dick Stevenson encontrou um dedo na cabine de um navio, e inspirado por um poema resolveu colocar o dedo dentro de uma taça de champagne criando assim a primeira versão do “Sourtoe Cocktail”.

Pessoas doam seus dedos amputados em acidentes para o bar do hotel da pequena cidade com aproximadamente 2.000 habitantes.

Aqueles que vão a Dawson para provar o “Sourtoe Cocktail” ganham um certificado pela coragem, mas cuidado para não engolir o dedo, do contrário pagará uma pesada multa de 500 dólares canadenses.

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