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Brasileiro Está Tomando Mais Whisky

Whisky_Glasses

O brasileiro está tomando mais suco pronto, bebendo mais uísque importado e tingindo mais os cabelos. Por outro lado, o consumidor está comprando menos inseticida, sabão em barra e açúcar. É o que aponta pesquisa divulgada nesta quinta-feira (7) pela Associação Paulista de Supermercados (Apas).

O levantamento feito pelo Instituto Nielsen identificou os produtos cujas vendas mais cresceram e caíram em termos de volume no ano de 2012 nos supermercados do país no acumulado até o mês de outubro.

No ranking dos 10 produtos de crescimentos, os destaques foram os sucos de frutas prontos para consumo, com alta de 13,5%, uísque (10,4%), tintura e rejuvenescedor para cabelos (10,1%), água mineral (7,5%) e shampoo (5,8%).

No Top 10 de quedas, os destaques foram inseticida (-10,8%), sabão em barra (-9,1%), açúcar (-6,7%), farinha de trigo (-6,5%) e alimentos para cães (-6,0%).

De acordo com o economista Rodrigo Mariano, gerente do departamento de pesquisa da Apas, a pesquisa aponta para um comportamento de qualificação do consumo. “Dentro destas categorias observamos também uma qualificação do produto. Está se vendendo mais suco e não é o suco de saquinho. É o suco pronto, na caixinha”, explica.

“A classe C também passou a consumir mais água mineral e uísque, e do importando. E esse comportamento está ligado à questão da indulgência, ao ‘eu posso’ consumir e ao ‘eu mereço’ uma tintura ou rejuvenescedor para o cabelo, um chocolate para o fim do dia ou um uísque para o fim de semana”, diz Mariano.

Alta de 6% nas vendas em 2012

Pelas projeções da Apas, as vendas dos supermercados paulistas devem fechar o ano com crescimento de 6% na comparação anual. Em 2011, o setor faturou R$ 68 bilhões, o equivalente a 30% de todas as vendas dos supermercados do país.

Para 2013, a projeção é de crescimento de 5%. A entidade espera, ainda, que o faturamento no Estado atinja a marca de R$ 74 bilhões.

Entre janeiro e outubro, as vendas dos supermercados paulistas cresceram 3,19% sobre o mesmo período de 2011, considerando todas as lojas. No quesito mesmas lojas, o avanço foi de 5,89%.

Fonte: G1

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Whisky também é combustível

Por Gustavo Angelucci Nogueira

O Dr. Martin Tangney, professor da Universidade de Napier, disse que a indústria do whisky de malte escocês é “um recurso maduro” para o desenvolvimento de biobutanol, um biocombustível de nova geração que se estima gerar até 30% mais de energia que o etanol brasileiro (forte concorrência para o nosso álcool).

Uma nova empresa já foi até formada para comercializar a produção de biocombustíveis feitos a partir dos subprodutos do whisky.

A Celtic Renewables Ltd foi inaugurada oficialmente no Campus de Sighthill Napier pelo Ministro de Energia britânico Fergus Ewing, que declarou: ”… utilizar os subprodutos de nossa indústria do whisky como matéria-prima para um biocombustível sustentável ​​que será usado para abastecer os carros de nossas famílias é o exemplo de pensamento inovador que a Escócia precisa…”.

Whisky Como Combustível

Dr. Martin Tangney

Doug Ward, fundador da produtora de biocombustível Argent Energia, foi nomeado como presidente da start-up, o que tem garantido o investimento privado de Donald Houston, co-proprietário da Destilaria  Adelphi.

O processo de produção do butanol tem um “enorme potencial global” já que pode ser adaptado a outros subprodutos biológicos. E a Celtic Renewables está trabalhando agora com a Scottish Enterprise para a produção do biocombustível em escala industrial.

O Biobutanol é fabricado a partir de dois principais subprodutos da produção de whisky — pot ale, que é o resíduo líquido do mosto fermentado, e de borras deixadas em alambiques de cobre. E cada ano a indústria produz 1.600 milhões de litros de pot ale e 500.000 toneladas de borras.

Em contraste com o etanol, o butanol pode ser utilizado em motores a gasolina sem nenhuma modificação e também misturado ao diesel ou biodiesel.

Há um tempo atrás Oz Clarke and James May, apresentadores da TV britânica, colocaram um carro para rodar com o Bruichladdich X4 (4 vezes destilado e 92% ABV). Confira no vídeo.

Parece que o whisky não é apenas combustível para corações e mentes. Que veículo você gostaria de ser nesse momento?

Gustavo Angelucci Nogueira
Sócio Proprietário da Tech9 — Inovações Tecnológicas e da Bio-TI — Sistemas e automações, empresas voltadas para o agronegócio e usinas de bioenergia.
Iniciou sua paixão pelo whisky em 2003 e de lá para cá vem colecionando histórias e sabores. Assina o Site/Blog Whisky Magazine Brasil (www.whiskymagazine.com.br)

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Feliz Dia a Todos os Pais do Brasil!

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Islay Today?

 

 

 

 

Lembras-te, dear, que mandei sms
te acenando com noites em Islay?
Desculpe o arroubo, mas isso acontece
quando a turfa se assenta e me faz rei.

Ora, e nem respondeste, pois, decerto,
julgaste Islay paragem imaginária
Tubiacanga, Macondo, Tirralária
ou um qualquer oásis no deserto.

Mas talvez te apegues às coisas idas
queiras noutras vestes meu galanteio
letras de lã, envelope de linho.

Ereto para uma nova investida
ante o branco do virgem pergaminho
armo pulsante a caneta-tinteiro.

 

*Mais um poema do nosso querido amigo Evandro Von Sydow Domingues.

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Saiba apreciar uma cachaça do jeito que só ela merece

Segue a íntegra do artigo escrito pelo nosso consultor, Alexandre Campos, publicado na revista Exame.

http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/comida-bebida/noticias/saiba-apreciar-uma-cachaca-do-jeito-que-so-ela-mecere

O artigo também já havia sido publicado na revista Alfa.

Cachaça de alambique se beneficia de nossa rica biodiversidade, sendo envelhecida com bons resultados em diversas madeiras além do carvalho

 

Não é difícil depararmos com textos dizendo que a cachaça é uma bebida que não deve nada a nenhuma outra. Há quem clame por menos preconceito e revele um sentimento ufanista da década de 60, afirmando que a cachaça é a única bebida genuinamente brasileira; por isso, temos de apreciá-la em detrimento dos destilados e fermentados “gringos”, e ponto final.

A discussão, via de regra, se perde em adjetivações nacionalistas e sentimentais, em que os participantes se esquecem de responder a perguntas básicas, como: Por que a cachaça não fica a dever a nenhuma outra bebida? Por que ela é especial? Enfim, por que a cachaça é uma bebida complexa?

Em primeiro lugar, entende-se por destilados complexos os que combinam dois métodos especiais de produção:

1. Destilação em alambiques de cobre (pot stills)
2. Maturação em barris de madeira

Diferentemente dos destiladores industriais — chamados também destiladores de coluna —, os alambiques de cobre conferem maior corpo, densidade, sabores e aromas aos destilados. E a maturação em barris confere uma gama ainda maior dessas desejáveis características ao produto final.

Dos inúmeros tipos de destilados existentes no mundo, apenas sete são produzidos pela combinação dos dois processos acima: armagnac, cachaça, calvado, cognac, rum, tequila e whisky. Sendo que o cognac é destilado apenas em alambiques de cobre, e a maioria dos armagnacs e calvados também.

Tudo bem que grande parte das cachaças, dos runs, das tequilas e dos whiskies são produzidos em larga escala em destiladores industriais. Mas quando esses destilados provêm de alambiques de cobre, com posterior maturação em barris, passamos a falar de bebidas especiais que merecem atenção e respeito.

A vodka, por exemplo, apesar de ser um destilado apreciado pela coquetelaria por sua versatilidade e neutralidade, não apresenta complexidade. Produzi-la é, de fato, muito simples. Basicamente, destila-se um mosto fermentado de batata, centeio, trigo ou uva em destiladores industriais, e a bebida já está pronta para consumo.

Alguns afirmam, equivocadamente, que a complexidade da vodka está em suas múltiplas destilações. Ora, se destilarmos uma bebida inúmeras vezes terminamos, no limite, com álcool puro, não é mesmo?

A complexidade em produzir um destilado não está, portanto, no número de destilações, mas sim em combinar a destilação em alambiques de cobre com o posterior envelhecimento em barris, ambos os processos requerendo técnicas e habilidades especiais de produção.

É certo que dois destilados se diferenciam dos demais, quanto à complexidade: o whisky single malt escocês e a cachaça de alambique (também conhecida como artesanal). Os dois são produzidos em alambiques de cobre. O primeiro se destaca, ainda, pela enorme variedade de barris de carvalho que se usam em sua maturação. Encontramos, por exemplo, single malts escoceses envelhecidos em barris de carvalho que maturaram previamente vinho jerez, vinho sauternes, vinho do porto, vinho tokaji, whiskey bourbon e por aí vai.

Já a cachaça de alambique se beneficia de nossa rica biodiversidade, sendo envelhecida com bons resultados em diversas madeiras além do carvalho, como amburana, bálsamo, cerejeira e ipê, entre outras. Até pau-brasil é usado para envelhecer cachaça!

A combinação alambique de cobre mais envelhecimento em barris é, portanto, crucial na produção de uma bebida complexa como a cachaça de alambique. E podemos citar excelentes exemplares produzidos em nossa terrinha como as cachaças Anísio Santiago, Salinas, Sapucaia, Vale Verde e Weber Haus.

Esquecemos os destilados de alambique de armagnac, calvado, cognac, rum e tequila? Não: trata-se, sem dúvida, de destilados complexos, mas com pouca variedade em termos de métodos de envelhecimento. O armagnac, calvado, e cognac são envelhecidos basicamente em barris de carvalho limousin e tronçais, e o rum e a tequila em barris de carvalho que maturaram previamente whiskey americano.

Ainda que reste muito por fazer em prol do desenvolvimento de cachaças premium, endossamos aqui a admiração e o valor que merecem as nossas cachaças de alambique. Podemos até dizer que a palavra “cachaceiro” deixou de ser ofensa, sendo aprimorada para “cachacier”, a que têm direito os poucos que, realmente, conhecem e sabem degustar a bebida que é a cara do Brasil.

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