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Drinking and Playing For Change

Um ano novo sempre renova nossas esperanças passando um clima de que dias melhores virão. E eles virão!

Não queremos fazer apologia ao uso do álcool de uma forma exagerada. Do contrário, acreditamos que as bebidas alcoólicas devam ser consumidas com responsabilidade e de uma maneira moderada. E além disso, álcool e direção é algo que, definitivamente, não combina.

É fato, porém, que as bebidas têm impacto benéfico à saúde quando apreciadas moderadamente, além de tornarem as pessoas mais sociáveis, e até mesmo mais sinceras, afinal, como diziam os romanos: “in vino veritas”. E são nessas características e nesse consumo responsável que nos focamos.

Mas se as bebidas aproximam as pessoas, a música as une, como podemos ver pelo projeto “Playing for Change” do engenheiro de som americano Mark Johnson. A ideia da iniciativa é conectar as pessoas através da música. São vários músicos de rua ao redor do mundo unindo e integrando pessoas de diferentes raças, crenças, culturas e opiniões. “No matter who you are, no matter where you go in your life, at some point, you go need somebody to stand by you”.

Nossas fronteiras e nossos muros estão cada vez menores — um dia falaremos a mesma língua. E apreciaremos os melhores destilados do mundo. Seja cachaça, whisky, cognac, rum ou tequila, o mais importantes é estarmos abertos a novas experiências etílicas e ao que o mundo tem a nos oferecer de melhor.

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Alguns Passos Para Escolher Uma Cachaça de Qualidade

O texto a seguir é uma reprodução e uma adaptação de um artigo publicado por Renato Figueiredo no excelente site Mapa da Cachaça: www.mapadacachaca.com

As dicas a seguir de como escolher cachaças de qualidade são de interesse público e mostram como se previnir das cachaças, e bebidas, clandestinas, adulteradas e de má qualidade.

REGISTRO NO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA (MAPA) E SELO DE RECOLHIMENTO DO IPI

Verifique se a Cachaça é registrada no Ministério da Agricultura. Para isto, procure o número que geralmente está no verso do rótulo da garrafa junto a outros dados como endereço, dizeres legais, etc.. Este registro garante que o produto está de acordo com a legislação e normas de fabricação recomendadas por aquele órgão.

Selo do IPI - Atesta a Procedência Legal das Bebidas Nacionais e Importadas

 

O endereço do fabricante, o lote da bebida e outras informações legais do rótulo devem estar obrigatoriamente presentes, indicando que aquele alambique está atento aos procedimentos mínimos de regularização. Também é importante checar se o produto tem o selo de recolhimento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). O lacre da Receita Federal não atesta a qualidade do produto, mas indica que a Cachaça tem procedência legal e paga seus impostos regularmente. A exigência do selo do IPI também vale para bebidas importadas e evita que acabemos com um produto clandestino e de procedência duvidosa.

INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

Muitas vezes, há grandes chances de produtos de regiões já famosas (como Paraty e Salinas) serem muito bons. Mas infelizmente há produtores que pegam carona nestas regiões consagradas para oferecerem produtos de baixa qualidade. Por isto ainda não dá para confiar em qualquer marca desses locais. Para evitar comprar uma cachaça ruim, seria necessário controlar a “denominação de origem”, ou seja: atestar que toda produção de uma região famosa seja feita dentro de padrões de qualidade específicos. É isso que acontece com o vinho, através da chamada D.O.C (Denominação de Origem Controlada). Aqui no Brasil, estes selos ainda estão em processo de implantação. Paraty é a primeira região a empregá-los.

Indicação Geográfica - Paraty

SELOS DE ASSOCIAÇÕES

Algumas associações, como a AMPAQ (Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade), fornecem selos a seus associados. Elas geralmente apoiam a regularização dos alambiques e a busca da qualidade da bebida indicando que os produtores ligados às associações estão preocupados com a valorização da Cachaça de Qualidade.

Selo da AMPAQ (Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade)

CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE

Visando o aumento das exportações de cachaça, o INMETRO, a partir da Portaria n.º 276 de 24 de setembro de 2009, estabeleceu os critérios para o Programa de Avaliação da Conformidade para Cachaça, com foco na conformidade, através do mecanismo de certificação voluntária, atendendo aos requisitos da Instrução Normativa (IN) nº 13 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de 29 de junho de 2005.

Cada vez mais Cachaças estão recebendo o selo de certificação do INMETRO. O selo garante, dentre outras coisas, que a qualidade química da bebida está sendo supervisionada segundo padrões rígidos. Como a certificação é voluntária, não se preocupe se a Cachaça que você estiver escolhendo ainda não possuir este selo, mas fique mais tranquilo ainda se ela já o tiver.

Selos de Conformidade do INMETRO

 

 

 

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Nossa Cachaça Está Bem Servida

Está muito bem servida com o Mapa da Cachaça. Ainda mais agora que o site ficou de cara nova: www.mapadacachaca.com.br

Site Mapa da Cachaça

Não é de hoje que acompanhamos o trabalho do pessoal do Mapa da Cachaça, e só podemos dizer: “Que belo trabalho!”.

Nosso foco maior é whisky, mas não deixamos de reconhecer e apreciar grandes destilados, como a nossa cachaça de alambique.

Em um mundo cada vez mais globalizado, onde as fronteiras ficam mais tênues e os muros mais baixos, nós da Single Malt Brasil levamos um pouco da cultura escocesa, irlandesa, americana… ao Brasil, e o Mapa da Cachaça leva nossa rica cultura e nossa bela bebida para o mundo. Acreditamos que um dia estaremos todos juntos, independente de língua, raça ou nacionalidade celebrando os grandes destilados do mundo.

E parabéns ao Mapa da Cachaça pelo novo site!

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Ranking 2012 das Cachaças Envelhecidas

A Revista VIP acaba de publicar um ranking de cachaças envelhecidas. E envelhecer cachaça não é tão simples como muitos pensam. De acordo com a legislação brasileira, para ser considerada envelhecida no mínimo 50 % da cachaça tem que ser envelhecida em tonéis de até 700 litros.

O processo de ranqueamento aconteceu no Restaurante e Cachaçaria Mocotó em uma prova feita às cegas por 10 degustadores, entre especialistas e amadores. Foram avaliadas 11 cachaças ao todo, vindas das principais regiões produtoras do país e envelhecidas nas principais madeiras usadas na fabricação de barris e tonéis.

Mas deixemos a conversa de lado e vamos ao tal Ranking 2012 da Revista VIP.

1 – Weber Haus Amburana
2 – Claudionor
3 – Canarinha
4 – Reserva do Gerente Castanha
5 – Rio do Engenho
6 – Domina Suave
7 – Mercedes
8 – Canabella Ouro
9 – Armazém Vieira Terra
10 – Maria Boa
11 – Nega Fulô

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Vai uma viagem no mundo da cachaça?

Por Alexandre Campos

Mapa da Cachaça - Excelente site para aprender mais sobre a bebida

É notória, e as vezes até irritante, minha predileção pelo whisky. Ele é para mim a quintessência de uma bebida em uma garrafa. Mas aqueles que me conhecem sabem que aprecio outros destilados também. E que tenho um carinho todo especial pela cachaça.

Sou brasileiro, não desisto nunca, e gosto, gosto de cachaça. Por isso separei dois bons vídeos do site Mapa da Cachaça (www.mapadacachaca.com.br) que falam da nossa grande bebida. O primeiro é com Leandro Batista, cachacier, explicando sobre o processo de produção da bebida.

O segundo vídeo, com Jairo Martins, é sobre a arte de se degustar uma cachaça. O Processo é semelhante a degustação de whisky, ou qualquer outro destilado complexo.

Como somos um povo criativo e versátil, não nos contentamos apenas com o carvalho para envelhecer nossa bebida. Diversas madeiras são usadas no envelhecimento de cachaça. O que torna a bebida uma fascinante viagem em um universo de aromas e sabores. E o fato é que eu vivo comprando ticket para essa saborosa jornada aromática.

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Johnnie Walker e Ypióca, lado a lado!

Da Reuters

Britânica Diageo compra cachaça Ypióca por US$470 milhões

Por David Jones

LONDRES (Reuters) – O grupo britânico de bebidas Diageo anunciou nesta segunda-feira acordo para comprar a fabricante brasileira de aguardente Ypióca por cerca de 300 milhões de libras (469 milhões de dólares), aumentando presença em mercados emergentes enquanto briga por um maior espaço em tequila.

A produtora do uísque Johnnie Walker e da vodca Smirnoff, que tem planos de ter metade das suas vendas em mercados emergentes até 2015, anunciou nesta segunda-feira acordo para comprar a marca Ypióca de sua família controladora, além de parte dos ativos de produção e distribuição da bebida.

A Ypióca é a terceira maior marca do mercado de cachaça e líder de um segmento de rápido crescimento dessa bebida, o premium. A companhia, fundada em 1846 e com sede em Fortaleza, emprega cerca de 3,2 mil funcionários e tem cinco fábricas no país. A cachaça responde por cerca de 80 por cento da indústria brasileira de bebidas destiladas.

“O Brasil é atrativo, um mercado de rápido crescimento para a Diageo com demografia favorável e crescente renda disponível. A aquisição da Ypióca nos dá a marca premium líder na maior categoria local de bebidas destiladas”, disse o presidente-executivo da Diageo, Paul Walsh.

A Diageo, assim como outros grupos internacionais de bebida, tenta se fazer presente em países emergentes para compensar a demanda instável na Europa.

O grupo há muito tempo negocia com a dona da Jose Cuervo para ter uma parte da marca líder de tequila, avaliada em mais de 3 bilhões de dólares. Algumas fontes dizem que as negociações esfriaram por causa de problemas relacionados ao controle da marca.

A companhia londrina recentemente investiu em negócios como a Mey Icki (Turquia) e ShuiJingfang (China) para aumentar as vendas nos países emergentes, que atualmente respondem por quase 40 por cento do total da Diageo.

A Diageo disse que a aquisição da Ypióca deve ser neutra para o lucro no primeiro ano de controle e cobrir o custo de capital até o quinto ano após o negócio, o que analistas dizem estar em linha com os negócios recentes. O grupo britânico não deu números exatos de lucro para a companhia brasileira.

“Nós consideramos positivo esse tipo de negócio em países emergentes, dando a liderança em marca premium local e sinergia em distribuição a médio prazo para as bebidas destiladas internacionais da Diageo”, disse a analista do UBS, Melissa Earlam.

Ela estima que a Diageo tenha pago 19 vezes o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) pelo negócio e estima uma margem Ebitda de 25 por cento nas vendas anuais de 60 milhões de libras.

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Saiba apreciar uma cachaça do jeito que só ela merece

Segue a íntegra do artigo escrito pelo nosso consultor, Alexandre Campos, publicado na revista Exame.

http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/comida-bebida/noticias/saiba-apreciar-uma-cachaca-do-jeito-que-so-ela-mecere

O artigo também já havia sido publicado na revista Alfa.

Cachaça de alambique se beneficia de nossa rica biodiversidade, sendo envelhecida com bons resultados em diversas madeiras além do carvalho

 

Não é difícil depararmos com textos dizendo que a cachaça é uma bebida que não deve nada a nenhuma outra. Há quem clame por menos preconceito e revele um sentimento ufanista da década de 60, afirmando que a cachaça é a única bebida genuinamente brasileira; por isso, temos de apreciá-la em detrimento dos destilados e fermentados “gringos”, e ponto final.

A discussão, via de regra, se perde em adjetivações nacionalistas e sentimentais, em que os participantes se esquecem de responder a perguntas básicas, como: Por que a cachaça não fica a dever a nenhuma outra bebida? Por que ela é especial? Enfim, por que a cachaça é uma bebida complexa?

Em primeiro lugar, entende-se por destilados complexos os que combinam dois métodos especiais de produção:

1. Destilação em alambiques de cobre (pot stills)
2. Maturação em barris de madeira

Diferentemente dos destiladores industriais — chamados também destiladores de coluna —, os alambiques de cobre conferem maior corpo, densidade, sabores e aromas aos destilados. E a maturação em barris confere uma gama ainda maior dessas desejáveis características ao produto final.

Dos inúmeros tipos de destilados existentes no mundo, apenas sete são produzidos pela combinação dos dois processos acima: armagnac, cachaça, calvado, cognac, rum, tequila e whisky. Sendo que o cognac é destilado apenas em alambiques de cobre, e a maioria dos armagnacs e calvados também.

Tudo bem que grande parte das cachaças, dos runs, das tequilas e dos whiskies são produzidos em larga escala em destiladores industriais. Mas quando esses destilados provêm de alambiques de cobre, com posterior maturação em barris, passamos a falar de bebidas especiais que merecem atenção e respeito.

A vodka, por exemplo, apesar de ser um destilado apreciado pela coquetelaria por sua versatilidade e neutralidade, não apresenta complexidade. Produzi-la é, de fato, muito simples. Basicamente, destila-se um mosto fermentado de batata, centeio, trigo ou uva em destiladores industriais, e a bebida já está pronta para consumo.

Alguns afirmam, equivocadamente, que a complexidade da vodka está em suas múltiplas destilações. Ora, se destilarmos uma bebida inúmeras vezes terminamos, no limite, com álcool puro, não é mesmo?

A complexidade em produzir um destilado não está, portanto, no número de destilações, mas sim em combinar a destilação em alambiques de cobre com o posterior envelhecimento em barris, ambos os processos requerendo técnicas e habilidades especiais de produção.

É certo que dois destilados se diferenciam dos demais, quanto à complexidade: o whisky single malt escocês e a cachaça de alambique (também conhecida como artesanal). Os dois são produzidos em alambiques de cobre. O primeiro se destaca, ainda, pela enorme variedade de barris de carvalho que se usam em sua maturação. Encontramos, por exemplo, single malts escoceses envelhecidos em barris de carvalho que maturaram previamente vinho jerez, vinho sauternes, vinho do porto, vinho tokaji, whiskey bourbon e por aí vai.

Já a cachaça de alambique se beneficia de nossa rica biodiversidade, sendo envelhecida com bons resultados em diversas madeiras além do carvalho, como amburana, bálsamo, cerejeira e ipê, entre outras. Até pau-brasil é usado para envelhecer cachaça!

A combinação alambique de cobre mais envelhecimento em barris é, portanto, crucial na produção de uma bebida complexa como a cachaça de alambique. E podemos citar excelentes exemplares produzidos em nossa terrinha como as cachaças Anísio Santiago, Salinas, Sapucaia, Vale Verde e Weber Haus.

Esquecemos os destilados de alambique de armagnac, calvado, cognac, rum e tequila? Não: trata-se, sem dúvida, de destilados complexos, mas com pouca variedade em termos de métodos de envelhecimento. O armagnac, calvado, e cognac são envelhecidos basicamente em barris de carvalho limousin e tronçais, e o rum e a tequila em barris de carvalho que maturaram previamente whiskey americano.

Ainda que reste muito por fazer em prol do desenvolvimento de cachaças premium, endossamos aqui a admiração e o valor que merecem as nossas cachaças de alambique. Podemos até dizer que a palavra “cachaceiro” deixou de ser ofensa, sendo aprimorada para “cachacier”, a que têm direito os poucos que, realmente, conhecem e sabem degustar a bebida que é a cara do Brasil.

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Salve a cachaça! – Publicação na revista Alfa

Whisky é nosso tema principal, mas também divagamos sobre o fascinante universo dos outros destilados.

Em tempo, nosso consultor, Alexandre Campos, escreveu um artigo interessante para a revista Alfa comparando a cachaça com outros destilados.

Vale a pena dar uma conferida nos pontos levantados e nas comparações feitas no texto. Segue o link da publicação: http://revistaalfa.abril.com.br/estilo-de-vida/cachaca/salve-a-cachaca/

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O que falta a nossa cachaça?

Por Alexandre Campos

Nosso destilado acabou de ser reconhecido pelo governo americano como um produto  de denominação de origem brasileira. Dessa forma, a cachaça não precisará mais ser reconhecida como Brazilian Rum no mercado americano, podendo usar o nome de “cachaça” para efeitos de rótulo, marketing e comercialização.

Vitória e valorização do nosso produto no exterior. Motivo de orgulho para todos nós brasileiros em uma longa briga que conseguimos ganhar na base da negociação (já que reciprocamente reconhecemos também os whiskies Bourbon e Tennessee) e da insistência junto as autoridades americanas — afinal, somos brasileiros e não desistimos nunca, não é verdade?

Apesar da boa notícia, alguns produtores e apreciadores de cachaça ainda se queixam de que nossa bebida tem que ser mais valorizada não apenas no exterior, mas principalmente em nosso próprio país.

Fazendo um contraponto e tentando entender a queixa, a primeira pergunta que temos que fazer é: o que se entende por valorização de uma bebida?

A cachaça Pirassununga 51, por exemplo, é o segundo destilado mais consumido do mundo. Está atrás apenas da vodka Smirnoff, de acordo com os dados de 2011 da consultoria Drinks International (http://drinksint.com/news/categoryfront.php/id/38/Millionaires.html)

O segundo destilado mais vendido do mundo

E a nossa Pitú está na sexta posição. Portanto, duas cachaças brasileiras são mais consumidas que o whiskey Jack Daniel’s. E dos dez destilados mais consumidos do mundo, temos duas cachaças e apenas um whisky escocês, o Johnnie Walker.

A Velho Barreiro está na décima primeira colocação. Nada mal, não? Resumindo, três cachaças e apenas um whisky escocês entre os onze destilados mais consumidos no mundo.

Voltamos a pergunta original: a nossa cachaça é valorizada?

Parece que sim de acordo com os números do mercado global. O brasileiro parece gostar, comprar e consumir cachaça. Já que não podemos creditar o alto consumo da bebida apenas ao mercado externo.

— Ah, mas meus amigos não tomam cachaça na balada. Eles tomam whisky!

— Mas qual whisky eles pedem? É Old Eight?

— Não, esse não. Eles pedem uns sofisticados…

Bom, nesse caso não estamos falando apenas das características organolépticas  e das qualidades de uma bebida, mas do status social e prestígio proporcionados por ela. O assunto passa a ser de classes sociais e a discussão muda de figura.

E lembramos que não é todo whisky que projetará uma imagem de qualidade, prestígio e sofisticação entre os consumidores. Por que não valorizamos mais os whiskies Drury’s e Natu Nobilis?

Se a questão é que não valorizamos nossa cachaça com uma bebida Premium, algumas coisas têm que mudar então. A começar pela garrafa e embalagem de nossas cachaças. Me desculpem os puristas avessos ao marketing, mas a apresentação visual importa tanto quanto o líquido em si no segmento de bebidas Premium.

Anísio Santiago e Glenmorangie Quinta Ruban

 

Adoro as cachaças Anísio Santiago, Salinas e Germana. São bebidas de excelente qualidade e as comparo a grandes whiskies. Mas não dá para esperar que o grande público, que não conheça tanto de bebida, ou o mercado internacional, chegue a mesma conclusão de que essas cachaças sejam bebidas de qualidade Premium julgando-se apenas pela apresentação visual. Em muitos casos, a primeira impressão é a que fica.

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