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Mila Kunis Mastigando Jim Beam

Por Alexandre Campos

Digamos que não é lá atraente ver o Fred Noe, master distiller da Jim Beam, fazer o seu tradicional “Kentucky chew” — mastigação do whiskey passando o líquido por todas as áreas da boca. Mas já a Mila Kunis!

Conheci Fred Noe pessoalmente em 2010 em uma degustação de Jim Beam em Londres. Ele é um showman como Richard Paterson, master blender da Whyte & Mackay. Fred Noe entretém a plateia e fala de whiskey com paixão e naturalidade, afinal ele faz parte da sétima geração da família Beam acumulando anos de experiência a frente do processo de produção do Bourbon mais conhecido e vendido do mundo.

A Jim Beam é uma das pioneiras na produção de Bourbons de edições limitadas (small batch Bourbons) e no vídeo abaixo com Fred Noe e a bela Mila Kunis pode se ter uma ideia da história e do processo de produção deste grande ícone da indústria de whiskey americana.

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Leonardo DiCaprio em Comercial para a Jim Beam

Leonardo DiCaprio, 38 anos, acaba de estrear um comercial para o whiskey americano Jim Beam direcionado ao mercado asiático.

Não sabemos ao certo se o astro gosta mesmo de whiskey, mas apesar do Jim Beam ser um grande whiskey e o Bourbon mais vendido do mundo, o fato é que a propaganda não ficou lá essas coisas. Ao menos em nossa opinião. Talvez reflita um pouco os gostos asiáticos em termos de comerciais.

O astro revelou ainda ao jornal alemão Bild que está tirando umas férias das filmagens: “Eu estou um pouco esgotado. Agora vou dar um tempo, um longo tempo.” Quanto aos planos fora da telona, ele afirmou: “Eu gostaria de melhorar o mundo um pouco.”

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Degustação de Jack Daniel’s

O vídeo a seguir é de uma degustação de Jack Daniel’s realizada na Adega Beal em Cascavel no Paraná.

A matéria aborda curiosidades e explicações relevantes sobre o JD. A única ressalva fica quanto a diferenciação entre os whiskies Tennessee e Bourbon.


Jack Daniel’s usa em sua produção o processo de filtragem conhecido como charcoal mellow ou Lincoln County Process. Mas, apesar da grande maioria dos produtores de Bourbon não usarem este tipo de filtragem na produção de seus whiskies, não existe nada na legislação do Bourbon que os proiba de usar esse processo de filtragem na fabricação de seus whiskies.

Atentem para o rótulo do Jim Beam’s Choice ao lado. Reparem na expressão “Charcoal Filtered” na base da garrafa. Pois é, Bourbon sendo filtrado em carvão de maple tree como o Jack Daniel’s.

De fato poderíamos enquadrar o Jack Daniel’s na categoria de Bourbon dado que: i) não existe nada na legislação que impeça os produtores de Bourbon de usarem o processo charcoal mellow; e ii) não existe legislação que obrigue o Tennessee whiskey a usar esse método de filtragem.

Às vezes, o universo do whisk(e)y não é tão simples quanto possa parecer.

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Islay, a Ilha do Whisky — Parte II

Ao chegar a Laphroaig, pude perceber que estava diante de mais outra grande e tradicional destilaria escocesa. Construída em 1810, a destilaria seguiu produzindo ilegalmente até 1815, quando então recebeu licença oficial para a produção de whisky. Atualmente, a Laphroaig pertence ao grupo Beam, os mesmos donos do famoso Bourbon Jim Beam e do Blended escocês Teacher’s, que leva bastante malte da Laphroaig, por sinal.

O príncipe Charles já esteve por lá duas vezes. Na primeira visita, em 1994, sua alteza quase morre ao tentar pousar o avião que pilotava em alta velocidade. Na segunda vez, em 2008, já casado com Camilla Parker, a visita do Príncipe se deu sem sustos. Fotos do ilustre visitante estão espalhadas por toda a destilaria, da qual o príncipe é grande fã. Dizem que seu Single Malt favorito é o Laphroaig 15 anos, já retirado de circulação e substituído pela versão de 18 anos.

A visita a esse verdadeiro templo do whisky foi marcante. Entre os momentos inesquecíveis está a hora em que passei a fazer parte do “Friends of Laphroaig”, fincando a bandeira do Brasil no pequeno pedaço de terra que me alocaram na destilaria… Também tive a oportunidade de ver pela primeira vez um depósito com “peat”, a turfa que é colocada no forno para secar a cevada maltada. É por causa dessa turfa que o Single Malt da Laphroaig e os de Islay, excluindo o Bunnahabhain, tem um peculiar sabor enfumaçado.

Peat Store - Depósito de Turfa da Laphroaig

 

O Laphroaig também tem um forte sabor medicinal que nem sempre é encontrado em outros maltes turfados de Islay. Curiosamente, essa característica permitiu que ele fosse exportado para os EUA como remédio, durante o período da Lei Seca americana.

Terminada a segunda visita, peguei carona até a Lagavulin com um grupo de alemães fascinados por whiskies. Fundada em 1816, a destilaria pertence atualmente à Diageo, os mesmos donos da marca Johnnie Walker.

Minha passagem pela Lagavulin foi rápida, já que a destilaria estava em manutenção anual e fechada para visitação. Após saborear uns bons Single Malts na aconchegante sala de estar deles e comprar algumas garrafas raras, segui com meus novos amigos alemães para a vila de Port Ellen, onde passaria a noite antes de ir para a vila de Bowmore.

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Alguns Mitos Sobre Whisky – Parte III

Os mitos não ficam restritos apenas ao whisky escocês. É fácil encontrarmos também inúmeros equívocos com relação ao whisky americano.

Rótulo do Bourbon Jim Beam mostrando a expressão "Straight"

Continuando nossos artigos anteriores, seguimos com o nosso sexto mito. Ao contrário do que a maioria propaga, Bourbon não precisa ser envelhecido por no mínimo 2 anos. Essa idade mínima refere-se apenas ao Straight Bourbon. Portanto, quando se deparar com uma garrafa de whisky Bourbon contendo no rótulo a expressão “Straight”, pode ter certeza que trata-se de um whisky envelhecido por no mínimo 2 anos em barris de carvalho tostados e virgens.

O sétimo mito: Jack Daniel’s não é Bourbon, e sim Tennessee whisky já que usa em sua produção o processo de filtragem conhecido como charcoal mellow. E quem disse que esse processo de filtragem é exclusivo ao Tennessee whisky? Ou ainda, quem disse que os whiskies do tipo Bourbon não podem usar esse tipo de filtragem?

Não vamos questionar como o produtor chama o seu próprio whisky, mas o fato é que poderíamos enquadrar atualmente o Jack Daniel’s na categoria de Bourbon dado que: i) não existe nada na legislação que impeça os produtores de Bourbon de usarem o processo charcoal mellow; e ii) não existe legislação que obrigue o Tennessee whisky a usar esse método de filtragem.

Filtros de carvão de maple tree, pelo qual cada gota do Jack Daniels passará, de forma a retirar impurezas e deixar o whisky mais suave

Filtros de carvão de maple tree, que retirará as impurezas e deixará o Jack Daniel's mais suave

 

E por que então os produtores de whisky do Tennessee decidiram se distinguir dos produtores de Bourbon? Apesar dos dois tipos de whisky serem muito semelhantes e produzidos de maneira muito parecida, os produtores do Tennessee não quiseram se enquadrar as regras rígidas do Bourbon. Mantendo, dessa forma, a liberdade de produzirem seu whisky como lhes convier. Além disso, existe a questão de marketing de se diferenciarem dos produtores de Bourbon ao chamarem seus whiskies de Tennessee whisky se destacando, portanto, dos demais.

Como vimos, não é só de mito que vive o whisky escocês, o americano também.

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